Restauração do Casarão Bayer, em Tijucas, conta com recursos do Governo do Estado
O Governo do Estado, representado pelo presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Joceli de Souza, inaugura nesta quinta-feira, 13, as obras de restauração do Casarão Bayer, em Tijucas. Para a realização dos trabalhos de restauração do museu foram aplicados R$ 135 mil do Funcultural. O ato será às 10h, na Rua João Bayer, 103, no Centro.
O casarão da família vai abrigar, além de um espaço destinado à memória dos Bayer, a Academia Tijuquense de Letras, a Orquestra de Câmara de Tijucas, um centro de inclusão digital e um pequeno auditório. O primeiro andar será ocupado pelas obras sociais e culturais do Instituto Mathilde Bayer e o segundo continuará servindo de habitação para a família de Lélia Souza Bayer, atual proprietária do espaço e administradora da entidade.
A fachada possui diversos elementos neoclássicos e frisos típicos do final do século 19 e no frontão triangular, a decoração é com formas geométricas. No telhado, os vasos de plantas, que na época da construção possuíam folhagens e flores, foram substituídos por plantas de alvenaria, para manter as características originais.
“Aquilo que estava destruído, agora terá um objetivo social com a finalidade de resgatar a história da família e de Santa Catarina. Construída por meu avô João Bayer, já foi uma pousada e até uma espécie de loja de departamentos que vendia desde chapéus, utensílios para casa, tecidos e até sapatos”, explicou o professor Ernani Bayer.
O Casarão
As disputas entre as famílias Bayer e Gallotti, no final do século 19 e começo do século 20, renderam a Tijucas, na Grande Florianópolis, forte participação na política e na economia do Estado. De um lado, os Gallotti defendendo o antigo PSD. De outro, os Bayer com a extinta UDN. Ambos construíram frotas de navios e mantiveram indústrias, casas de comércio e cargos políticos estratégicos. Os embates não tiveram fim nem quando João Bayer Filho se apaixonou por Catarina Gallotti e teve que “roubá-la” três vezes para poder consumar o casamento. A memória dos Gallotti está preservada no casarão da família, que fica no centro da cidade e se transformou em centro cultural, administrado pelo município. A dos Bayer seguirá o mesmo caminho.
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Rafael Vieira
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