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Novos eletricistas reforçam linha de frente da Celesc

A Celesc Distribuição capacitou 35 novos eletricistas com aulas teóricas e práticas na Administração Central, em Florianópolis. Com isso, nesta sexta-feira, 24, a empresa chega a 1222 profissionais para atuar na linha de frente em 262 dos 295 municípios de Santa Catarina. Os novos funcionários se apresentam, na próxima segunda-feira, dia 27, para trabalhar em uma das 16 agências regionais da concessionária, que atende mais de 2,6 milhões de unidades consumidoras.

Foto: Ricardo Hecker Luz / Celesc

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A conclusão das atividades de formação só ocorre após o estágio probatório de 90 dias, que será realizado de outubro de 2014 até janeiro de 2015. O empregado receberá quatro certificados: Curso de Eletricista de Distribuição, Trabalho em Altura, NR-10 Básica e NR-10 Complementar (Norma Regulamentadora da segurança em instalações e serviços de eletricidade do Ministério do Trabalho). Iniciada em agosto, a formação técnica somou 356 horas-aula em 45 dias letivos e contou com 20 instrutores em 16 disciplinas.

Os novos profissionais da Celesc serão lotados nos municípios de Blumenau, Chapecó, Concórdia, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Alfredo Wagner, Tijucas, Monte Carlo, Capinzal, Joaçaba, Joinville, Anita Garibaldi, Curitibanos, Papanduva, Irineópolis, Santa Terezinha, Rio do Campo, Pouso Redondo, Palmitos, Romelândia, Campo Erê, Palma Sola e Videira. Nas últimas semanas, os exercícios de campo se concentraram no trabalho em altura e tiveram várias tarefas do cotidiano – com o uso integral dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Uma das últimas atividades foi em linha viva, com a rede energizada – técnica usada para ligar novas unidades à rede de distribuição da Celesc. Os empregados aprenderam também a substituir transformador monofásico, a realizar o lançamento de condutor, a montar estrutura para religador, a trocar chave faca e isoladores. Na maioria dos serviços, os eletricistas atuam em duplas e devem ter uma preocupação constante com a segurança. Eles trabalharam ainda com cesto hidráulico, escada e “pé-de-ferro”. Simularam igualmente o resgate do colega em caso de acidente.

Os profissionais receberam duas malas e 34 EPIs – um investimento de R$ 178,5 mil apenas para essas duas turmas de empregados. Entre os itens, destacam-se botinas, capacete, óculos especiais, luvas isolantes e roupa antichamas. “O trabalho do eletricista é muito arriscado”, alerta o instrutor Sidnei Blank. Muitas vezes, um cuidado simples evita danos graves à saúde do trabalhador, salienta o técnico da Celesc. Na operação e na manutenção, o aterramento temporário de alta e baixa Tensão é uma medida de segurança para evitar que alguma carga inesperada energize o sistema e afete o trabalhador.

“Todos os eletricistas desenvolveram as competências para operar em altura e fizeram todos os exercícios. Se faz o aterramento, precisa saber desfazer. Uma pessoa não pode ser qualificada para o cargo de eletricista sem realizar tais ações com segurança, agilidade, conhecimento e habilidade técnica. Todos estão aptos para realizar o estágio probatório”, afirmou o instrutor Paulo Dariff.

Para o professor Rogério de Aguiar Silva, o eletricista só vai aprender algumas coisas com a prática efetiva em situações reais. Os testes em situações artificiais são importantes, pois preparam para a rotina diária. Mas, nada substitui um problema real – um consumidor ou vários sem energia elétrica. O eletricista vai a campo para resolver essa dificuldade real.

Uma dica do experiente profissional é conversar com os clientes para identificar os problemas de falta de energia. No caso de falta pontual em uma residência, é realmente importante fazer questionamentos ao proprietário. O que está ocorrendo? Desde quando? A luz foi cortada recentemente? Com essas informações básicas, o técnico descobre o problema com muito mais facilidade.

Se o eletricista aprende a fazer isso, resolve rapidamente 80% das ocorrências. A fala do consumidor oferece pistas importantes para identificar o problema mais rapidamente, acelerando a solução do mesmo. Caso contrário, ele fica “tateando” no escuro e terá mais dificuldade para descobrir a causa da falta de energia.

Novos Projetos

Os novos trabalhadores da Celesc estão muito felizes com a conclusão do curso e o desafio pessoal que vão enfrentar no cotidiano profissional na concessionária. Alguns tentaram muito anos a aprovação no concurso. “É um sonho realizado”, observou Valmir Pratto, que irá para a Regional de Joaçaba.

Outros vão se deslocar para outra cidade com a família e começar uma nova carreira. É o caso de Marcelo de Oliveira Elias que sai de Capivari de Baixo – próximo de Tubarão – e vai para a Agência Regional de Joinville. Mesmo assim, a mudança chegou em boa hora. “Vou fazer a vida lá. Estou pensando na minha filha de 9 anos, na minha esposa e depois em mim”, explicou ele. Como tem um irmão por lá, que também trabalha na empresa, a adaptação não deve ser difícil em Joinville.

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