Imigrantes haitianos têm a oportunidade de estudar nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas) para concluir o primeiro grau. No segundo semestre, todas as 40 unidades de Santa Catarina irão oferecer turmas de alfabetização e nivelamento. Em Joinville, são 17 matriculados para as aulas que iniciam na próxima segunda, 10.

A diretora Maristela Kühl considera que tiveram uma boa receptividade e adaptação nas turmas, apesar de alguns exigirem maior atenção por causa da dificuldade na língua portuguesa. “Aqueles com maior dificuldade na língua estão tendo aulas de reforço, mas a maioria tem bom desempenho e está familiarizado com a língua”, comenta a educadora.

A Secretaria de Estado da Educação (SED) disponibiliza os Cejas com objetivo de oferecer aulas de ensino fundamental e médio numa modalidade diferenciada para aqueles que não puderam frequentar na idade adequada. Nos centros eles podem se formar em menos tempo do que numa escola regular.

Fundador da Kay Pa Nou, instituição que dá assistência aos imigrantes haitianos no país, Chery Clarens lembra que muitos imigrantes chegam ao Brasil com vontade de retomar aos estudos e crescer profissionalmente, mas não têm acesso a informações. “Por isso, é sempre importante que os empregadores repassem orientações sobre o Ceja aos seus funcionários, para que possam se especializar”, diz Clarens.

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