Governo do Estado lança Programa SC Inovadora com ações para apoiar empresas de tecnologia e inovação
Com o propósito de aumentar a competitividade da economia de Santa Catarina no mercado nacional e global e fomentar o desenvolvimento do setor de tecnologia e inovação – um dos que mais cresce e que já representa 6% do PIB do Estado – o Governo implementará até 2026 uma série de iniciativas por meio da recém criada Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação – SCTI. Nesta quarta-feira, 22, o governador Jorginho Mello e o secretário da pasta, Marcelo Fett, apresentaram o programa “Santa Catarina Inovadora”, em coletiva de imprensa, no auditório da Secretaria de Administração, no Centro Administrativo do Governo.
“Santa Catarina tem essa vocação da inovação, mas faltava dar ao setor a visibilidade e importância que merece. Com a nova secretaria, já estamos colocando em prática um programa que vem para impulsionar ainda mais o setor. Facilitar a vida de quem empreende é uma das nossas missões”, afirma o governador Jorginho Mello.
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“O programa SC Inovadora é um conjunto de ações articuladas em 7 pilares com foco na melhoria da competitividade: financiamento, ambiente legal, qualificação profissional, atração de investimentos, projetos estruturantes, infraestrutura de conectividade e ambientes de inovação. Para cada um desses fatores de competitividade, serão implementadas um conjunto de medidas nos próximos anos”, expôs o secretário Fett.
Elaborado em parceria entre as Secretarias da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Secretaria da Fazenda, o Programa coloca o setor produtivo no centro da estratégia de inovação para aumentar o impacto das ações na produtividade e competitividade econômica do estado. “É um modelo inspirado no que foi feito em Israel e traz ações para implementar políticas públicas de fomento aos empreendedores que atuam no ecossistema de Santa Catarina”, destaca Fett.
Uma das primeiras ações que será implementada já a partir do lançamento do programa é o “Pronampe Inovação”, linha de crédito para atender as empresas do setor de tecnologia e inovação, por meio da Agência de Fomento de Santa Catarina S.A. – BADESC.
“O Pronampe inovação tem uma linha de crédito de R$ 100 milhões de reais. Planejamos que dentro de 60 dias ja começaremos a disponibilizar os recursos”, explica Fett. Ele complementa: “estamos estruturando uma linha de crédito com juros equalizado, carência de um ano e previsão de 36 meses para pagamento. Facilitar a vida de quem empreende e inova em Santa Catarina é nosso maior objetivo”, destaca.
A Secretaria de Estado da Fazenda dará suporte à implantação do Programa Santa Catarina Inovadora. Para o secretário Cleverson Siewert, este é um importante movimento de transformação do ecossistema de inovação catarinense. “Ao investir em programas voltados à competitividade, produtividade e fortalecimento deste ecossistema, o governador Jorginho Mello está olhando para frente, pensando e planejando Santa Catarina para os próximos 20 anos”, avalia o secretário Siewert.
Nos próximos dias, o Governo do Estado irá enviar à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ALESC, o projeto necessário para autorizar a operacionalização da linha. Participaram do ato de lançamento do programa diversas lideranças do setor de tecnologia, como a vice-presidente da ACATE Analisa Blando, além da vice-governador Marilisa Boehm e o secretária da Administração, Moisés Diersmann.
Ações em várias frentes
Outras seis ações articuladas comporão o programa em estruturação pela secretaria. Todas definidas a partir dos fatores de sucesso de políticas públicas de fomento ao desenvolvimento econômico do Estado a partir da inovação e para aumento da competitividade das empresas catarinenses em escala nacional e global. “A integração entre os entes públicos e privados a fim de otimizar seus recursos, sejam eles financeiros, humanos, logísticos ou materiais dão o norte das propostas que planejamos e iremos implementar”, enfatiza o secretário estadual.
O programa também inclui políticas públicas que diminuem os entraves do ecossistema de inovação catarinense, tal como dificuldades de acesso ao capital e financiamentos, bem como a falta de mão de obra qualificada. “A falta de profissionais qualificados no mercado, a escassez de fontes de financiamentos e os elevados custos da inovação são alguns dos gargalos que serão foco das iniciativas governamentais que colocaremos em prática para fortalecer o ecossistema, em especial as startups catarinenses”, relata o secretário Marcelo Fett.
O número de empresas no setor de tecnologia de Santa Catarina cresce ano a ano. Em 2016 eram pouco mais de 9 mil, atualmente são mais de 18 mil que empregam mas de 70 mil trabalhadores segundo dados da Associação Catarinense de Tecnologia – ACATE. Na comparação entre 2019 com 2020, o crescimento foi de 28,4%. “O faturamento anual das empresas do segmento está em torno de R$ 20 bilhões por ano e isso mostra a importância do setor na economia catarinense”, evidencia o secretário sobre a evolução dos últimos anos.