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Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase: apesar do controle, a doença ainda faz milhares de vítimas por ano no Brasil

O dia 26 de janeiro é marcado pela luta contra a hanseníase, uma doença que ainda atinge milhares de brasileiros. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a incidência da doença tem diminuído, mas ainda assim foram diagnosticados 33,3 mil novos casos no Brasil, em 2012. Desses, 2,2 mil (7%) atingiram pessoas com menos de 15 anos – o que classifica a endemia como “alta” nessa faixa etária.

Embora os municípios afetados com níveis “hiperendêmicos” estejam no entorno da Amazônia brasileira, Santa Catarina e outros estados do Sul e Sudeste estão classificados com o nível de “média endemicidade” no contágio com hanseníase. No Estado, conforme dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde, em 2012, foram diagnosticados 205 novos casos.

A doença, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, não é hereditária, é transmitida de pessoa a pessoa, através de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento, e se dá, normalmente, pelas vias aéreas superiores, conforme explica Ramon Amorim, médico dermatologista do Hospital Santa Teresa, unidade da rede estadual de Saúde.

Entre os sintomas estão: lesões de pele com alteração de cor e de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor, ao tato; dormência; formigamento; nódulos (caroços doloridos); edemas (inchaços); manchas esbranquiçadas ou de cor parda; comprometimento de nervos periféricos (pele) e troncos nervosos com espessamento neural. A hanseníase tem cura desde que tratada corretamente com a poliquimioterapia (PQT). O tratamento é eficaz, mata os bacilos e interrompe a cadeia de transmissão, e é distribuído gratuitamente aos pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS). “Dependendo do tipo de hanseníase o tratamento dura de seis a um ano. Em alguns casos, até dois anos. Se o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento de forma correta, os danos físicos e o preconceito social, decorrentes da doença, serão evitados”, orienta Amorim.

Há 61 anos o dia 26 de janeiro é dedicado à conscientização e prevenção da hanseníase. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus países-membros, os princípios fundamentais da vigilância em hanseníase baseiam-se na detecção precoce de casos novos e no tratamento até a cura. Por isso, é importante a prevenção, a reabilitação das incapacidades físicas e a busca de casos entre pessoas que tenham ou tiveram convívio contínuo com o doente, denominados contatos intradomiciliares.

A DIVE incentiva as ações de combate à hanseníase iniciadas nos municípios e fornece materiais de apoio, tais como cartilhas, folders e panfletos para auxiliar nas atividades desenvolvidas.

A Hanseníase em Santa Catarina

Conforme a Gerente de Vigilância de Agravos da DIVE, Ana Curi, ao longo de 2012, foram diagnosticados 205 novos casos em SC, dois deles em menores de 15 anos. A redução no número de novos casos de hanseníase em menores de 15 anos é prioridade do Programa Nacional. “A detecção de casos em crianças tem relação com doença recente e focos de transmissão ativos na área familiar”, explica a médica epidemiologista Ana Curi.

A meta do Ministério da Saúde é atingir, até 2015, 90% de cura dos novos casos. Santa Catarina já vem alcançando esta meta nos últimos anos. O percentual de cura no Estado, em 2012, foi de 91,9%. O exame dos contatos intradomiciliares dos novos casos de hanseníase é um indicador que avalia a capacidade dos serviços de vigilância. A meta nacional é examinar 80% dos contatos até 2015. Santa Catarina alcançou o percentual de 75% de contatos examinados em 2012.

Em relação a 2013, dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), de 10 de janeiro de 2014, mostram que 141 casos novos foram detectados, sendo dois em menores de 15 anos de idade. A taxa preliminar de cura dos casos é de 84,2%. Estes indicadores devem sofrer modificações até março, quando os dados finais de todo o Estado serão computados, avaliados e divulgados.

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Informações adicionais para a imprensa
Ana Paula Bandeira
Assessoria de Imprensa SES
Secretaria de Estado da Saúde – SES
E-mail: anap@saude.sc.gov.br
Fone: (48) 3221-2071/9113-6065
Site: www.saude.sc.gov.br

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