Com apoio do governo do Estado, Palmitos reúne agentes comunitários visando o combate do mosquito Aedes aegypti

Agentes comunitários, enfermeiros e equipe da secretaria de saúde do município de Palmitos, estiveram reunidos na Agência de Desenvolvimento Regional durante a tarde desta sexta-feira (08), para acompanhar videoconferência de capacitação realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), visando o combate do mosquito Aedes aegypti. Dos 28 municípios considerados infestados pelo mosquito, fazem parte Palmitos e Cunha Porã.
O Governo do Estado apresentou na quarta-feira (06), o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti e o reforço da importância da criação das Salas de Situação locais nesses municípios. O assunto também foi pauta durante a reunião desta sexta-feira.
Segundo o prefeito de Palmitos, Norberto Gonzatti, todas as medidas cabíveis já estão sendo tomadas para evitar a proliferação dos mosquitos. O objetivo é visitar todos os imóveis do município para acentuar ainda mais o combate.
De acordo com a gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) Suzana Zeccer, a recomendação é o envolvimento de parceiros que já existem no município para composição da sala de situação, como, por exemplo, Vigilâncias em Saúde, Atenção Básica; Gerências Regionais de Saúde; Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; Polícia Militar; Secretaria de Educação e Secretaria de obras/infra-estrutura.
O secretário executivo regional, Mário Alceu Peiter, fez questão de frisar que todos os oito município que compreendem a ADR devem ficar em alerta e reforçar as medidas de combate, evitando, assim, uma epidemia no Estado.
“O combate ao mosquito Aedes aegypti é uma preocupação de Governo e a mobilização de todos é necessária. Daremos todo o auxílio que for preciso e contamos com o apoio da sociedade para somarmos forças nesta mobilização”, destacou o gerente de Saúde, Claudecir Camargo.
“A combinação de calor, chuvas e aumento do número de turistas no Estado representa uma bomba-relógio se a população do mosquito não for diminuída”, enfatizou o diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Eduardo Macário.
Visitas aos imóveis
A primeira ação a ser coordenada pelos municípios é a visita a todos os 400 mil imóveis localizados nas áreas infestadas até o dia 12 de fevereiro. Um segundo ciclo de inspeções deverá ser realizado até 11 de março, com repetições bimestrais entre a segunda quinzena de março e junho de 2016.
As visitas aos imóveis serão realizadas em etapas, inicialmente pelos agentes comunitários de saúde, que serão capacitados para prestarem orientações de prevenção aos moradores e para o recolhimento de pequenos recipientes inservíveis, que podem servir de criadouros ao mosquito, como garrafas, lixo, pratinhos de plantas, pneus velhos, entre outros.
Recipientes de difícil acesso, como calhas, lajes e caixas d´água serão identificados para uma vistoria posterior a ser realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros. Equipes de agentes comunitários de endemias farão o tratamento químico desses potenciais recipientes não-elimináveis, como caixas d´água sem cobertura e lajes que não podem receber drenagem. Os imóveis que estiverem fechados deverão ser revisitados.
A inspeção deverá incluir os terrenos baldios e as praças públicas. “Essa ação não pode ser postergada, sob pena do aumento da população do mosquito e a reinfestação de uma área. O município precisa de uma ação coordenada entre os órgãos para esses terrenos e praças sejam limpos e os recipientes inservíveis sejam retirados e tenham o destino adequado”, ressaltou Suzana.
“Com isso, busca-se intensificar o controle vetorial nas áreas infestadas de forma a atingir Índices de Infestação Predial abaixo de 1% no Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa)”, detalhou João Fuck, porta-voz da sala de situação e coordenador estadual do programa de controle da dengue. Dados do LIRAa realizado em novembro mostram índices de infestação pelo Aedes aegypti de até 6,3%.
A Sala de Situação do Estado funciona na sede da Dive/SC, em Florianópolis, e é composta por representantes da Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Defesa Civil, Secretaria de Estado do Planejamento, Ministério da Defesa e de outros órgãos convidados. O Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti está alinhado ao Plano Nacional, e foi estabelecido para auxiliar as prefeituras na organização e execução de atividades com o propósito de reduzir a infestação e a possibilidade de ocorrência de epidemias de dengue, chikungunya e zika nesses municípios.
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