Boletim Econômico de outubro apresenta recuperação gradual da economia catarinense
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) lança nesta quinta-feira, 05, o Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais de Santa Catarina, referente ao mês de outubro. Os dados apresentados demonstram uma recuperação gradual da economia.
“A recuperação, no entanto, ocorre de forma diferenciada entre setores e segmentos econômicos. Também o impacto sob o sistema econômico tem se mostrado menos intenso do que originalmente previsto”, destaca o economista da SDE, Paulo Zoldan.
Quando se trata da indústria, o setor cresceu pelo quarto mês consecutivo em agosto, mas no acumulado do ano, a produção física ainda é 11,9% menor que a do mesmo período do ano passado. O único segmento que cresceu no ano foi o da Fabricação de Produtos Alimentícios, ainda que tenha sido de apenas 0,1%.
A construção civil está em pleno processo de recuperação. As vendas de materiais de construção estão em alta e o setor está contratando. As principais alavancas deste crescimento estão na autoconstrução e nas obras do setor imobiliário.
O varejo ampliado catarinense também cresceu pelo quarto mês consecutivo. Com isso, o volume de vendas no acumulado do ano já atingiu o mesmo patamar de 2019. Quando observado os segmentos comerciais no Estado, temos, nesta mesma comparação, um crescimento das vendas dos Super e Hipermercados; de Móveis e Eletrodomésticos; de Produtos Farmacêuticos e de Materiais de Construção.
Diante desta retomada, o mercado de trabalho reagiu. Setembro foi o quarto mês consecutivo de contratações no Estado, o de maior saldo de novos postos gerados no pós- pandemia e também o melhor resultado da série histórica para o mês em 16 anos. Foram 24.827 postos gerados, o terceiro maior saldo do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. No acumulado do ano, a economia estadual já contabiliza um saldo de 921 novos postos formais gerados.
Quanto à receita tributária, os indicadores mostram que voltou a crescer desde junho, sendo julho o mês de maior crescimento (+17,1%). Em setembro, a receita cresceu 4,1%, também o quarto mês consecutivo de alta. O valor arrecadado foi 7,3% maior que o de setembro de 2019, mas, ainda assim, acumula uma ligeira queda no ano, de 0,9%, quando comparado com o mesmo período de 2019.
“Essa queda na receita tributária deverá ser eliminada em outubro, cujos dados preliminares apontam um crescimento ainda mais robusto”, finaliza Zoldan.
Além da evolução das receitas estaduais, o boletim apresenta os últimos dados fiscais do Governo Estadual, tais como a evolução das despesas, da dívida estadual e dos resultados primário e nominal, entre outros.
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