Projeto leva pacientes do Hospital Santa Teresa aos campos de futebol
Além de uma paixão nacional, o futebol desempenha papel importante em nossa sociedade no que diz respeito à integração e interação dos indivíduos, independente de crenças, raças e classes sociais. Baseado nesse pensamento, a direção do Hospital Santa Teresa decidiu implantar o Projeto Torcedores São Todos Iguais, que busca promover a reinserção social de seus pacientes, muitos moradores da instituição, levando-os aos campos de futebol para torcerem por seus times.
“A intenção é proporcionar aos nossos pacientes algumas atividades fora da instituição e que possam estimular e promover a reinserção social por meio de ações terapêuticas, como levar grupos de pacientes aos estádios de futebol para que possam interagir com outras pessoas”, explica o autor do projeto, Paulo Ricardo Rodrigues Bassi, educador físico do Hospital Santa Teresa.
O projeto teve início dia 3 de agosto, quando o grupo de pacientes foi levado ao Estádio da Ressacada para assistir ao jogo entre Avaí e Paysandu. As atividades são sempre aos sábados à tarde, acompanhadas e supervisionadas pelas equipes de profissionais do hospital. Bassi conta que nessa fase inicial do projeto foram avaliados e selecionados 29 pacientes que apresentam condições de participar dessas atividades externas.
A ideia do projeto, segundo ele, surgiu com a diversificação das atividades externas oferecidas aos pacientes do hospital e também foi motivada pela proximidade da Copa do Mundo, que acontece no Brasil, em 2014. “Elaboramos o projeto com base nessas questões e acreditamos que essas atividades tenham efeito positivo em nossos pacientes”, destaca Paulo Bassi.
Histórico
O Hospital Santa Teresa, localizado em São Pedro de Alcântara, pertence à rede de hospitais públicos administrados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foi fundado em 1940, com o nome de Colônia Santa Teresa de Dermatologia Sanitária, e tinha a finalidade de confinar e segregar pessoas portadoras de hanseníase, na época chamada de Lepra.
A construção da unidade de saúde foi baseada no formato de uma pequena cidade com casas, pavilhões, escola e teatro, característica mantida até hoje. No início dos anos 60, a instituição atingiu o maior número de internações, acolhendo perto de 700 pessoas.
Nesta década também foi iniciado o tratamento com Sulfonas, medicamento que aos poucos permitiu a alta de muitos pacientes. Quem tinha para onde ir e como sobreviver deixou a instituição. Mas muitos ficaram por não ter mais família ou casa para retornar, passando a morar no hospital.
Atualmente, o Hospital Santa Teresa possui 93 leitos, sendo 40 destinados aos portadores de hanseníase ou outras doenças dermatológicas, 23 para pessoas com patologias clínicas e outros 30 para pacientes psiquiátricos do Centro de Convivência Colônia Santana, além de funcionar como hospital de retaguarda do Hospital Regional de São José. O hospital tem hoje 82 pacientes, sendo que 63 moram na instituição.
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Ana Paula Bandeira
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