Com a participação de mais de 110 pessoas, que lotaram a plenária da Câmara Municipal de Vereadores de Dionísio Cerqueira, foi realizado na tarde de quinta-feira, 23, o Workshop do Crescendo Juntos – Programa de Desenvolvimento e Redução das Desigualdades Regionais.

Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, representantes dos órgãos do governo do Estado, de entidades, e da sociedade civil e organizada, dos seis municípios que compõe a ADR participaram de um intenso dia de trabalho, coordenado pela equipe da Secretaria de Estado de Planejamento.

Durante a reunião, técnicos da Secretaria de Estado do Planejamento apresentaram o perfil socioeconômico dos municípios que integram a ADR Dionísio Cerqueira, com demonstrativos e indicadores de desenvolvimento humano, população, educação, saúde, assistência social, segurança pública, mercado de trabalho e renda, geração de riqueza, características da infraestrutura e atividades econômicas.

O Secretário de Estado Adjunto de Planejamento Fábio Murilo Botelho esteve presente no evento e destacou que o programa, instituído pelo Governo do Estado em maio de 2016, tem como finalidade articular, coordenar, orientar e estimular o processo de planejamento e de organização de ações, centrado na redução das desigualdades regionais, promovendo um desenvolvimento inclusivo, equilibrado e sustentável no estado de Santa Catarina.

Já o Secretário Executivo Regional Norberto Hart ressaltou a importância do Crescendo Juntos para as regiões que não estão alcançando os níveis de desenvolvimento do restante do Estado. “Esse programa irá ajudar nossos municípios a alcançar os índices do Estado e trará desenvolvimento para a regional. Isso demonstra a preocupação que o Governo do Estado tem com todas as regiões. Sabemos que temos muito trabalho pela frente, mas todos juntos iremos fazer a diferença”.

No final dos trabalhos, após as atividades desenvolvidas nos eixos: desenvolvimento social, desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, gestão pública, Infraestrutura e meio ambiente, foi construída uma agenda preliminar de desenvolvimento.

Além disso, foi criado o Núcleo Executivo Regional, composto por representantes do Governo do Estado e sociedade civil organizada – metade das vagas para cada. O núcleo irá acompanhar os projetos apontados na Agenda e os trabalhos do programa.

Perfil Socioeconômico da Regional de Dionísio Cerqueira

Quanto às características do setor econômico, a Agência de Desenvolvimento Regional de Dionísio Cerqueira tem a agropecuária como principal atividade, com participação na economia muito superior à média estadual. Entre os estabelecimentos agropecuários, 90% são familiares. A maior parte deles é de pequeno porte, com 37% deles detendo área de terra menor que 10 hectares.

O setor primário apresenta uma forte dependência econômica da bovinocultura e de lavouras temporárias, sobretudo das culturas de soja, milho e fumo, predominando em pequenos estabelecimentos rurais. A indústria tem participação pequena em relação à média estadual, sendo a indústria de transformação e a construção civil as principais componentes.

Em relação à produção de riqueza, a região gera um PIB equivalente a 0,57% do produto interno bruto estadual. Tanto o PIB per capita quanto a renda domiciliar per capita são inferiores às médias de Santa Catarina, ocupando a 29ª e 30ª posição, respectivamente, dentre as 36 regiões.

Outro dado levantado pela equipe da Secretaria de Estado do Planejamento refere-se aos indicadores de desenvolvimento humano que apresentam situação inferior à média do Estado, tanto em relação ao IDHM quanto ao índice de vulnerabilidade social (IVS), ou seja, a região de Dionísio Cerqueira possui deficiências em renda e trabalho, capital humano e infraestrutura urbana.

 A ADR possui uma população de 50.303 habitantes com 41% residindo no meio rural, indicando uma ruralidade maior do que a média observada no estado. A região apresentou, no período 2000-2010, uma taxa média de crescimento demográfico de -0,05% ao ano, constituindo a ADR com a quinta menor taxa de crescimento. Esse resultado se deve principalmente à maior evasão do meio rural, que apresentou uma taxa de ?2,24% no período enquanto no meio urbano a taxa foi de +2,14%.

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Manoely Dias Cogo
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