Preocupada com a qualidade de vida das pessoas com relação aos alimentos em conservas, a Vigilância Sanitária (Visa) da Gerência de Saúde da 34ª Agência de Desenvolvimento Regional de Timbó reuniu proprietários e responsáveis técnicos das indústrias de conservas de palmito, frutas e hortaliças, dos oito municípios da Gerência, para orientá-los sobre a produção e preparação dessas conservas. As Vigilâncias Sanitárias dos municípios também participaram. O encontro aconteceu na última quarta-feira, 27, no auditório da ADR Timbó. “Esse evento é de suma importância, pois se trata de oportunidade para a compreensão e aplicação da Legislação Sanitária vigente”, afirma a gerente de Saúde Arrabel Antonieta Lenzi Murara.

Conforme o técnico em Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental da ADR Timbó, Odemar Slomp, foram informados e esclarecidos aos participantes sobre as normas técnicas e o cumprimento da Legislação Sanitária vigente, sobre rotulagem e a rastreabilidade dos produtos fabricados por essas indústrias.

O técnico Odemar esclareceu a importância do preenchimento obrigatório de todas as planilhas em todas as etapas do processo de fabricação das conservas, que deverão ser feitas quando a produção é realizada pela empresa. “Alertamos de que há empresas que não preenchem todas as planilhas obrigatórias, que são importantes para o controle da produção e da rastreabilidade desses produtos”, diz. As planilhas são as seguintes: de controle de entrada de matéria prima, de insumos, tampas, controle da qualidade das embalagens, controle de analise da água, controle de preparação de salmoura, controle da temperatura do cozimento e resfriamento, controle de pH, cloro residual da água, controle de calibração de equipamentos, controle da limpeza da caixa d’água, controle da quarentena, e do treinamento dos funcionários.

A rotulagem é de responsabilidade da empresa produtora de conservas, devendo ser efetuada em cada unidade fabril, sendo vedada a rotulagem por empresa comercial ou distribuidora em outro local. “Esclarecemos quanto aos produtos clandestinos que estão sendo produzidos em locais impróprios como no meio do mato, sem condições de higiene, onde esses produtos estavam sendo comercializados em estabelecimentos como bares e lanchonetes”, frisa Odemar.

Na reunião, os participantes foram alertados que os estabelecimentos, bem como a população, não adquiram nenhum produto que não possua procedência e/ou rotulagem, pois não sabem onde foi produzido. “Quando adquirem esse tipo de produto estão incentivando a clandestinidade e colocando em risco sua própria saúde e da população em geral”, ressalta.

A Vigilância Sanitária Regional pede para que os estabelecimentos denunciem para a Visa de seu município qualquer irregularidade que verificarem, assim como a própria comunidade faça a denúncia caso observe esse tipo de comércio.

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