O sarampo é uma doença altamente contagiosa, sob controle no Brasil desde 2000. No entanto, a circulação da doença ainda ocorre em diversos continentes, principalmente Europa, África e Ásia, e países como os Estados Unidos, que têm registrado alguns surtos relacionados a viajantes internacionais.

Embora Santa Catarina tenha registrado apenas uma ocorrência por sarampo em 2013, a doença se manifestou em outros estados do país, como Pernambuco (180), Paraíba (9), São Paulo (5), Minas Gerais (2), Espírito Santo (1), Distrito Federal (1) e Ceará (1), totalizando 200 casos, todos relacionados a pessoas que viajaram para o exterior ou pelo território brasileiro. Neste ano, até a segunda semana de fevereiro, só no Estado do Ceará já foram confirmados 70 casos de sarampo.

Por conta dessa situação, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, orienta as pessoas com viagens marcadas para os estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, que não tenham sido vacinadas com duas doses da vacina tríplice viral na infância ou com uma dose quando adulto, e nunca tiveram sarampo, que procurem um posto de vacinação pelos menos 15 dias antes de viajar. As pessoas com viagens internacionais marcadas também devem estar com a vacinação em dia.

De acordo com a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização (GEVIM), Vanessa Vieira da Silva, a vacina tríplice viral, que também protege contra a rubéola e a caxumba, é a única medida de prevenção eficaz contra o sarampo. “Muitos adultos já foram vacinados na última campanha realizada em 2008. Mas aqueles que não se vacinaram poderão fazê-lo a qualquer momento”, ressalta a gerente.

A vacina tríplice viral está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir dos 12 meses de idade. Adultos em qualquer idade, sem histórico da doença e/ou sem comprovação vacinal devem também ser vacinados.

Qualquer pessoa não vacinada pode adoecer de sarampo, mas pelo comportamento da doença atualmente no país, as pessoas mais suscetíveis são os profissionais da saúde, trabalhadores do comércio, hotéis, lojas de artesanato, restaurantes e bares, motoristas de táxis e vans, pessoas que atuam em agências de turismo, portos, aeroportos e rodoviárias.

“Os casos recentes no Ceará e em Pernambuco, o grande fluxo de turistas em Santa Catarina e a proximidade da Copa do Mundo devem servir de alerta para que os profissionais de saúde dos municípios do Estado reforcem a atenção para a detecção precoce de casos suspeitos, e organizem uma resposta rápida e coordenada”, explica o diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), Eduardo Macário.

Os principais sintomas de sarampo são febre, manchas vermelhas no corpo, tosse, conjuntivite e coriza. A transmissão da doença ocorre de pessoa para pessoa, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar e falar. O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes do aparecimento das manchas vermelhas ou  dois dias depois.

Em caso de suspeita da doença, a pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo e evitar circular em locais públicos. O caso deve ser notificado imediatamente à secretaria de saúde do município ou para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, pelo telefone (48) 3221-8485 ou pelo e-mail notifica@saude.sc.gov.br.

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Ana Paula Bandeira
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