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Terminal Rodoviário Rita Maria na Capital passa a ser operado pela iniciativa privada

O Terminal Rodoviário Rita Maria, na Capital, passou nesta segunda, dia 05, a ser operado pela iniciativa privada. A transição na administração ocorreu em um evento no local, com a presença da empresa vencedora da concessão, a Consórcio Sinart, e representantes da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade.


Por exigência do edital, a rodoviária passa a se chamar Terminal Rodoviário de Florianópolis SPE Ltda. O grupo assumiu a estrutura pelos próximos 30 anos. Em contrapartida, deverá investir no terminal R$ 40 milhões.


A empresa teve 60 dias para inventariar, analisar e ficar a par da situação do local e agora tem até o meio do próximo ano para fazer modernização e reformas. Além de ter grande potencial para exploração comercial e ser lugar de passagem, o Rita Maria é um ponto de encontro e de conveniência. Com a concessão, a ideia é promover mudanças que ajudem a oferecer um serviço ainda melhor à população.


Dentre as melhorias previstas está uma reforma que vai alternar de lugar as plataformas de venda de passagens, atualmente no térreo, a praça de alimentação e os espaços comerciais, que hoje ficam no mesanino.


O saguão e a plataforma de embarque e desembarque serão modernizados e terão passeios cobertos para facilitar o deslocamento de pedestres ao Ticen. As mudanças foram sugeridas durante estudo realizado na fase de avaliação da viabilidade técnica e econômica da exploração do Rita Maria.


O terminal foi inaugurado no dia 7 de setembro de 81. O projeto arquitetônico, referência em todo o Brasil, foi desenhado pelo uruguaio Yamandu Carlevaro. O telhado é formado por 144 blocos de concreto de 24 toneladas cada um. Por conta do peso, foi preciso importar um guindaste especial da Alemanha para erguer e encaixar as estruturas. A obra durou cerca de três anos.


Antes de receber o terminal, na década de 70, a área era utilizada para trocas e escambos de frutas, cereais e aves. As pessoas vinham de barco da parte continental, até a praia da feira, como era chamada na época, para fazer comércio e também como meio de se transportar entre uma parte e outra da ilha.


O nome do terminal é uma homenagem à Rita Maria, uma mulher negra, filha de escravos, moradora em uma casa rente à praia, no Centro, nos tempos do antigo Miramar. Ela ficou famosa pelas benzeduras e rezas que oferecia aos marujos recém-chegados à Ilha, além de pratos de comida.


Não há fotos da benzedeira, mas ela está imortalizada na escultura de sucata feita pelo gaúcho Paulo Siqueira, em frente ao terminal.

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