Segundo maior produtor nacional de arroz, Santa Catarina é referência internacional em pesquisa e tecnologia voltados ao setor. Nesta segunda-feira, 3, o secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, e o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Dirceu Leite, receberam uma comitiva da Guiana para tratar de parceria para produção de arroz irrigado no Caribe.

“Uma visita importante que reconhece a qualidade dos produtos de Santa Catarina. As sementes de arroz produzidas aqui, por meio da pesquisa da Epagri, conquistaram o Brasil e o mundo e isso demonstra o status de excelência dos nossos produtos. Os representantes da Guiana vem em busca da nossa tecnologia e nosso modelo de produção, baseado na pequena propriedade. Mais um produto de Santa Catarina que conquista do mundo”, destaca o secretário Colatto.

Os guianeses visitaram a Estação Experimental da Epagri de Itajaí, que realiza pesquisas com arroz desde 1976 e é hoje uma referência nesta área. Ao longo de sua história, já lançou 33 cultivares, muitos deles ainda em uso em Santa Catarina, em outros estados e até mesmo em outros países.

Conforme a Epagri, a qualidade da semente de arroz irrigado produzida em Santa Catarina é reconhecida como a melhor do Brasil. Cerca de 40% das sementes de arroz produzidas no estado são exportadas para diferentes regiões brasileiras. As variedades levam aos produtores uma melhor produtividade, qualidade e sanidade.

Segundo diretor da Elite Solutions, Bruno Maia, a Guiana é um grande produtor de arroz, porém ainda é deficiente em tecnologias aplicadas. “Esperamos que essa parceria seja longa e duradoura e que possamos levar todo o know how de Santa Catarina para a Guiana e Suriname. Somos um grande produtor de arroz, porém a tecnologia aplicada lá é de 1980 e a gente tem que levar 2023 para dentro da Guiana”.

A agenda da comitiva contempla ainda a visita a cooperativas e agroindústrias da região Sul do Estado.

Arroz na economia de SC

A cadeia produtiva do arroz irrigado tem grande importância social e econômica para Santa Catarina. São mais de cinco mil famílias envolvidas na produção, distribuídas em 93 municípios, cultivando o cereal em 147 mil hectares. O estado conta ainda com cinco cooperativas e mais de 50 indústrias de beneficiamento, empregando mais de 50 mil pessoas.

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Ana Ceron
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