“Repensar, reduzir, reciclar”: Essas são as palavras que estão escritas na parede da EEB Aldo Câmara da Silva, em São José, unidade com mais de 600 estudantes que recebeu o título de primeira escola lixo zero do país e hoje é modelo para muitas outras.

No pátio central da unidade há muito verde e uma horta, que cresceu com o adubo produzido ali mesmo, processo que envolve toda a comunidade escolar, incluindo as famílias.

O projeto nasceu em 2019 após os alunos se desafiarem a reduzir em pelo menos 90% a produção de lixo.

Agora, as ações já viraram hábito na rotina dos estudantes e profissionais da escola, como explica a diretora da unidade, Marciléia Izabel Pereira.:

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A professora Fabiana Nogueira, coordenadora do projeto, conta como a ideia inicial despertou o interesse dos alunos e cresceu, passando a transformar a vida de todos envolvidos no programa:

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Perto do refeitório, há um painel com os dizeres “aqui não tem lixos, tem resíduos”, com diferentes caixas para que os estudantes possam descartar cada resíduo de forma adequada, que depois é doado para uma associação de catadores, enquanto o lixo orgânico se transforma em adubo para a horta da escola.

Participar do projeto mudou a forma de lidar com o lixo da estudante Maria Augusta Brasil e também de sua família:

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Já a aluna Sabrina dos Santos da Silva, de 13 anos, se orgulha de ajudar os estudantes mais novos a entenderem o processo de reciclagem e de compostagem na escola:

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O projeto já cruzou o oceano, virou documentário e levou os estudantes até Portugal para falar sobre a ação.

Recentemente, o case da escola virou o livro “Pedagogia da Autonomia e Escolas Lixo Zero”, de autoria da professora Fabiana, coordenadora do projeto.

A publicação traz depoimentos e experiências dos professores, sugere práticas e hábitos de adoção do lixo zero e conta a transformação social e ecológica que aconteceu na escola.

Repórter: Marcos Lampert