As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço e ajudado a transformar a realidade de Santa Catarina e do mundo, por isso, no Dia Internacional da Mulher as servidoras da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Ibirama receberam uma homenagem especial. O evento, que contou com apresentações culturais, dinâmica e um café da tarde, lembrou a luta feminina pela igualdade e destacou o importante papel que elas desempenham em todo o Governo de Santa Catarina.

A homenagem iniciou com uma mensagem e discurso do supervisor de Políticas e Planejamento Educacional, Leonir Lunelli, que também representou o secretário Executivo da ADR, Jamir Marcelo Schmidt, que estava em viagem a Florianópolis. Em sua fala, ele citou a bióloga e jurista Bertha Lutz, que defendeu o direito à emancipação feminina durante toda a sua vida. “Tudo que as mulheres são hoje, elas conquistaram com muita luta. Bertha Lutz, por exemplo, renunciou até ao casamento para poder defender e se dedicar aos seus ideais”, disse.

Lunelli completou ainda dizendo que grande parte das mulheres trabalha fora e ainda cumpre outras jornadas de trabalho. “Elas são mães, filhas, esposas e mesmo assim conseguem se dedicar e fazer tudo bem feito ao mesmo tempo, coisa que nós homens não conseguimos. Elas têm uma sensibilidade e um jeito diferenciado de atender as pessoas.”

Na tarde, alunas da Escola Estadual Gertrud Aichinger apresentaram um pequeno teatro que falava de espiritualidade e de esperança. Depois uma das estudantes cantou a música “Trem bala”, de Ana Vilela. A homenagem foi encerrada com uma dinâmica com balões e um café oferecido pelos servidores da ADR.

Exemplos inspiradores

Na ADR de Ibirama, a servidora Edna Beltrame Gesser, também pode comemorar como poucas o Dia Internacional da Mulher. Além de fazer aniversário na data, a gerente de Políticas Socioeconômicas Rurais e Urbanas é uma verdadeira inspiração para outras mulheres que ainda lutam por mais igualdade.

Na juventude ela atuou como extensionista da extinta Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Santa Catarina (Acaresc) que foi sucedida pela Epagri. No entanto, na época, as servidoras não podiam se casar e por isso teve deixar o emprego em Dona Emma na década de 80. “Naquela época era a lei e tive que sair para me casar. Depois disso dei aula durante um ano e acabei passando no concurso do Besc onde trabalhei por 24 anos. Nesse período o meu marido se elegeu prefeito de Dona Emma e ser primeira dama foi uma experiência que gostei bastante.”

Depois de tomar gosto pela política, Edna decidiu se candidatar a vice-prefeita e venceu as eleições ao lado de Alísio Wilhelm, mas o prefeito acabou falecendo aos 58 anos vítima de uma parada cardiorrespiratória em 2006 durante um comício e ela precisou assumir a prefeitura. “Tive que assumir no mesmo dia. Não me achava preparada para governar a cidade porque como vice não tinha tanta responsabilidade, mas encarei o desafio. Primeiro tomei pé de toda a administração e com determinação consegui fazer um bom trabalho, tanto que acabei me reelegendo em 2008.”

Ela conta que com o tempo aprendeu a conciliar os compromissos como prefeita e mãe de família e deixou a administração com a sensação de dever cumprido. “É difícil conciliar tudo porque a sociedade cobra mais ainda da mulher do que do homem, mas sempre damos um jeito. Acredito que o segredo é se organizar e planejar tudo. Sei que ainda temos muitas coisas para conquistar, mas com força de vontade vamos trilhando o nosso caminho.”

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