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Servidora da Epagri lança livro em Joinville sobre Alzheimer

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Angela Pinotti decidiu transcrever a história da própria mãe nas páginas do livro “Helena – Amor além do Alzheimer”. A autora relembra detalhes de uma trajetória marcada pela aparição da doença, ainda incurável e responsável por modificar, de maneira cruel, a vida de milhões de pessoas mundo afora.

 

O livro publicado pela Design Editora, será lançado na quarta, 7, às 19 horas, na Livraria O Sebo, em Joinville. O evento tem o apoio da Associação Nacional do Alzheimer (Abraz). A autora é natural de Itajaí, servidora da Epagri e mestre em Ciências da Linguagem. Ela já lançou os livros ‘Um olhar sobre a comunicação rural’ e ‘A importância do vídeo na aprendizagem: a experiência da extensão rural catarinense’. 

Segundo Angela, a ideia de publicar a narrativa surgiu por causa da dificuldade de encontrar conteúdo pragmático sobre as consequências do Alzheimer no cotidiano de pacientes e familiares. “A bibliografia existente sobre o tema não contemplava a dimensão real da mudança psicológica, física e financeira que acontece quando a doença se instala”, explica.

Na tentativa de amenizar o luto depois do falecimento da mãe, em junho de 2013, a autora se debruçou sobre as lembranças.  “Quando se tem um ente portador da doença, toda família adoece, vive em sobressaltos pela característica dessa demência, que é progressiva”, comenta. Juntando detalhes, perspectivas e recordações, Angela fez um sensível recorte a respeito do Alzheimer e de como a enfermidade afeta a história de quem a acompanha de perto.

No livro, ela descreve a evolução da doença sob a ótica da filha que presenciou a perda gradativa da mãe. “Depois das alucinações, na fase moderada, o momento mais difícil foi vê-la escapulindo do nosso mundo, sem pensar, sem vontade de comer, de agir, simplesmente, olhando para o nada”, lembra. Caracterizado pela demência progressiva, o Alzheimer é incurável e pouco se sabe sobre suas causas.

De acordo com especialistas, cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma relacionado. Após o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de oito a dez anos. Na obra ela também aborda o avanço das pesquisas a respeito da doença e oferece a possibilidade de, no futuro, familiares de pacientes terem uma visão diferente e talvez mais animadora.

{article Ana Paula Keller – SDR Joinville – Assinatura}{text}{/article}