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Secretaria de Saúde do Estado dá orientações sobre o vírus Ebola

A Organização Mundial da Saúde tem chamado a atenção para a persistência de um surto do vírus Ebola em países da região ocidental da África. Este é o mais extenso e duradouro surto da doença pelo vírus já identificado no mundo. Com isso, e como forma de prevenção, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiu algumas orientações em relação a cuidados para evitar possíveis contaminações e disseminação da doença.

A Secretaria também realizou recentemente uma videoconferência com as Gerências Regionais de Saúde, sobre os procedimentos a serem adotados pelas equipes de saúde em casos suspeitos de febre hemorrágica do Ebola. O vírus, presente em quatro países do Oeste Africano, vem registrando um grande número de contaminações e mortes.

“A situação é de alerta e não há motivo para pânico”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica, Eduardo Macário. Ele explica que, devido às características da transmissão do vírus, que se dá por meio do contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais (fezes, urina, saliva, sêmen) de indivíduos doentes ou no contato com superfícies e objetos contaminados, é pouco provável que haja uma disseminação para outros continentes.

Entretanto, pode ocorrer a detecção, em qualquer país do mundo, de casos de viajantes provenientes de países com transmissão. “A transmissão só ocorre com o início dos sintomas, de forma que uma pessoa que esteja no período de incubação da doença (quando geralmente não apresenta sintomas), que pode durar até 21 dias, não tem capacidade de transmitir a doença”, esclarece Macário.

Os serviços de saúde da rede pública e privada devem ficar alerta aos casos suspeitos de febre hemorrágica do Ebola, que precisam ser notificados imediatamente por telefone para a Vigilância Epidemiológica dos municípios, Gerências Regionais e Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).

Para o Ministério da Saúde (MS), serão considerados casos suspeitos pessoas que estiveram nos últimos 21 dias em um dos quatro países (Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria) com registros de transmissão do Ebola e apresentem febre de início súbito, que pode ser acompanhada de sinais de hemorragia.

No atual momento, pessoas com os sintomas, mas que não forem provenientes da Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, não se enquadram na definição de caso suspeito. O mesmo se aplica àquelas pessoas desses países, mas que estejam no Brasil há um longo período de tempo. “Nós pedimos para que os profissionais de saúde evitem confusões, principalmente em relação aos imigrantes, para não disseminar pânico e preconceito”, ressalta o diretor de Vigilância Epidemiológica, Eduardo Macário.

O Ebola
O vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo) e, desde então, tem produzido vários surtos no Continente Africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos espinhos.

A febre hemorrágica do Ebola é uma doença grave com alta letalidade, podendo chegar a 90% em seres humanos e primatas como macacos, gorilas e chipanzés. A transmissão entre humanos só se inicia após o aparecimento dos sintomas, e se dá por meio do contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais (fezes, urina, saliva, sêmen) de indivíduos doentes ou através do contato com superfícies e objetos contaminados. O Ebola não é uma doença de transmissão respiratória.

Quando a infecção ocorre, os sintomas geralmente começam de forma abrupta de 1 a 21 dias (mais comum de 8 a 10 dias) após a exposição ao vírus. No período de incubação, não há risco de transmissão. Não existe tratamento específico para a doença, sendo realizadas apenas medidas de suporte.

Casos suspeitos
Os pacientes com suspeita de ebola devem ficar em ambiente isolado. E os profissionais de saúde têm que utilizar equipamentos de segurança e evitar o contato com sangue e fluidos corporais do paciente. A DIVE recomenda a limpeza frequente e adequada de superfícies e objetos no quarto do paciente, com os mesmos agentes desinfetantes utilizados na rotina dos serviços de saúde.

A coleta de material para diagnóstico deverá ser realizada em conjunto com técnicos da SES e do Ministério da Saúde, em função da complexidade de armazenamento e transporte. Amostras de material biológico não devem ser coletadas para nenhum outro tipo de exame complementar devido ao elevado risco biológico do Ebola.

A lista dos países com casos de Ebola será atualizada pelo Ministério e poderá ser acessada no Portal da Saúde.

Informações adicionais para a imprensa
Ana Paula Bandeira
Assessoria de Imprensa SES
Secretaria de Estado da Saúde – SES
E-mail: anap@saude.sc.gov.br
Fone: (48) 3221-2071/9113-6065
Site: www.saude.sc.gov.br