Secretaria da Agricultura e da Pesca bate recorde em distribuição de calcário aos agricultores
O Programa Terra-Boa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca bateu o recorde em distribuição de calcário aos agricultores. Desde janeiro deste ano até o início do mês de setembro foram entregues 275 mil toneladas, sendo 161 mil toneladas retiradas direto de minas e 114 mil toneladas via cooperativas. Para atender à demanda, a Secretaria fará um acréscimo de 10 mil toneladas de calcário ao programa. O orçamento do Terra-Boa é de R$ 40 milhões de subsídio para a compra de calcário, semente de milho e kits forrageira.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, em 2013 o Programa Terra-Boa já superou a marca atingida no ano anterior, quando foram distribuídos 263 mil toneladas de calcário. Cada família rural tem uma cota de 30 toneladas que serão pagas no próximo ano com o produto da colheita do milho. O calcário poderá ser fornecido dentro de duas modalidades, sendo via cooperativas, onde o produto é disponibilizado para ser retirado próximo à sua propriedade, ou direto de minas, sendo o produtor responsável pelo transporte do produto do local de origem à sua propriedade.
Em todos os casos, o produtor paga pelos produtos o equivalente em sacos de milho consumo tipo II (60 kg), pelo preço de referência fixado no início de cada ano. As relações de troca para o calcário e milho são: 3,5 sacos de milho para cada tonelada de calcário calcítico retirada; 2 sacos de milho para cada tonelada de calcário dolomítico retirada; e 3 sacos de milho para cada tonelada de calcário ensacado retirada.
O diretor de Cooperativismo e Agronegócio, Paulo von Dokonal, destaca que essa quantidade distribuída de calcário mostra que o agricultor está mais consciente e preocupado com a qualidade do solo. “Lembramos a importância da análise do solo para que o calcário seja utilizado da forma adequada e apresente melhores resultados”, ressalta. O programa reinicia em fevereiro de 2014 com a distribuição de calcário e de kits forrageiras.
A subvenção para aquisição de kits forrageira (com mais de 80 produtos que são selecionados pelo agricultor), com insumos para melhoria e implementação de 1 hectare de pastagem, também superou às expectativas da Secretaria da Agricultura. “Foram disponibilizados 3.500 kits para atender todo o Estado e a procura está sendo enorme. Em 2012, sobraram 200 kits e esse ano iremos atingir nossa meta com tranquilidade”, afirma João Rodrigues. Os kits são fornecidos a partir de um projeto técnico elaborado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e custam R$ 1,8 mil que podem ser pagos em duas parcelas anuais ou em uma parcela com desconto de 60%.
Esse ano, o Programa Terra-Boa inovou e passou a oferecer 100 mil sacos de sementes de milho de altíssima tecnologia. Segundo Paulo von Dokonal essas são sementes mais caras, mas são também mais produtivas. “Desde que haja adubação, tratos culturais, espaçamento correto, elas podem chegar a produzir 250 sacos por hectare”, explica. Por ser uma semente diferenciada, a proporção de troca de semente de milho por milho consumo segue novas regras: quem optar por adquirir semente de tecnologia de ponta terá que devolver, em 2014, 20 sacos de milho consumo para cada saco de 20 quilos de semente. As relações de troca para sementes de milho são: 4 sacos de milho para cada saco de semente de milho tipo I (semente varietal) retirada; 9 sacos de milho para cada saco de semente de milho tipo II (híbridos de alta tecnologia) retirada, e 20 sacos de milho para cada saco de semente de milho tipo III (altíssima tecnologia) retirada.
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