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SCGÁS completa 20 anos de fundação nesta terça-feira

A SCGÁS comemora 20 anos de fundação nesta terça-feira, 25 de fevereiro, com posição de destaque entre as distribuidoras de gás do Brasil. Aos 14 anos de operação, a companhia inicia 2014 com 1.045 km de rede própria, marca que coloca Santa Catarina na terceira posição entre as maiores malhas de gasodutos de distribuição do país. O estado fica atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, cujas distribuidoras estão há mais de um século operando. “Cumprimos alguns dos desafios que nos propomos nestes primeiros 20 anos. Formamos uma empresa sólida e bem sucedida, comercializamos quase todo o contrato de suprimento inicial e construímos mais de mil quilômetros de rede. Os próximos objetivos são a interiorização da oferta e o aumento do suprimento”, avalia Cósme Polêse, Presidente da SCGÁS.

A companhia conduz atualmente o maior projeto de expansão de rede do Brasil, o Projeto Serra Catarinense, que está em sua terceira fase, no trecho entre Ibirama e Rio do Sul. Este projeto prevê um investimento total de R$200 milhões, com a construção de 230 km de rede entre Indaial e Lages, percorrendo 16 municípios.

O projeto é a aposta da Companhia para cumprir o seu compromisso de democratização da oferta, chegando também a regiões carentes de investimentos. “O gás natural é um uma ferramenta poderosa de desenvolvimento. Onde ele está presente, alavanca, onde não está, condena. Interiorizando a oferta nós estamos gerando emprego e renda e melhorando a vida de todos de forma sustentável”, comenta Polêse. O Diretor Técnico Comercial, Oswaldo Luiz Monte, ressalta que o Estado demonstrou grande afinidade com este combustível nos seus primeiros anos de presença, e que ainda há um enorme potencial de expansão. “Entramos em operação vendendo energia, algo que já estava disponível por outras fontes. O sucesso de vendas do gás no Estado demonstra que a Companhia soube valorizar o diferencial do gás natural. O desafio agora é expandir a oferta para o interior”, analisa Monte.

A busca de soluções para o esgotamento do contrato de fornecimento de gás junto a Petrobrás é hoje a agenda prioritária da Companhia. Dos 2 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural fornecidos através do Gasoduto Bolívia-Brasil, aproximadamente 1,9 milhões estão comercializados, restando uma pequena margem para expansão.

A aposta prioritária da companhia é a captação de investimentos para a instalação de um terminal regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) em um porto catarinense, que permitiria a importação de gás líquido em cilindros no mercado internacional e inserção na rede de distribuição após regaseificação. Outras alternativas existentes seriam a construção de um gasoduto submarino para transportar o gás produzido nos campos de exploração de petróleo na costa catarinense e a recompressão do Gasbol, o que aumentaria a capacidade de transporte do gasoduto. Marco Patriarchi, Diretor Administrativo e Financeiro da SCGÁS, considera que, independente da alternativa adotada, é necessário envolver tanto o poder público quanto a iniciativa privada. “Há que se desenvolver projetos mistos, de forma a não sobrecarregar um determinado setor. Creio que uma forma de captar investimentos seria investir em geração termoelétrica, que garantiria um grande consumo em menor tempo, o que baratearia o custo”, analisa.

Outra saída encontrada pela Companhia para aliviar a escassez de suprimento é o desenvolvimento de projetos de geração de biogás. Atualmente estão sendo conduzidos quatro projetos de gás renovável, em Concórdia (dejetos suínos), Braço do Norte (dejetos suínos), Pomerode (resíduos do jardim zoológico) e Biguaçu (aterro sanitário), todos em fase de finalização de projetos e negociação com investidores. Cósme Polêse defende que o biogás é, além de solução de suprimento, uma forma de resolver graves problemas ambientais de Santa Catarina. “Não é mais admissível que em um estado civilizado como o nosso nós desprezemos excrementos de animais e resíduos urbanos para virarem poluição em vez de energia, num momento em que o gás está escasso”, lembra o dirigente, destacando também o fato de que o modelo de negócio pode ser uma alavanca de transformação social, aumentando a lucratividade da agricultura familiar e contribuindo para a manutenção do homem no campo.

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Histórico
Fruto de negociações entre Brasil e Bolívia ao longo de seis décadas, o início das obras de Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), na década de 1990, deu início a uma intensa campanha de entidades catarinenses pela chegada do energético ao Estado. O gasoduto que deveria ir das jazidas de extração em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, até o Estado de São Paulo, ganhou um prolongamento abrangendo os estados do Sul após mobilização do governo e organizações de mercado catarinenses, comandados pelo então criado Comitê Pró-Gás da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

Entre os anos de 1994 e 2000, data do início de suas operações, a empresa começou a sua estruturação com funcionários cedidos pela Gaspart (hoje Mitsui), Petrobrás e outros da região de Santa Catarina através de convênio com a UFSC através da FEESC (Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina), que deram início às análises de mercado, projetos executivos e obras de implantação de rede. “A rede de distribuição começou a ser construída em 1997, antes mesmo da entrega do Gasbol em Santa Catarina, de forma que o abastecimento dos primeiros clientes pôde ser iniciado poucos meses após a conclusão do Gasbol, no fim do ano de 1999. Um processo extremamente ágil”, recorda Ricardo Santa Catarina, Assessor Administrativo-Financeiro e funcionário mais antigo ainda em atividade da Companhia.

Assessoria de Comunicação – SCGÁS
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