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Saúde realiza bloqueio vacinal contra a raiva em Joinville

Começou em Joinville, no Norte do estado, um bloqueio vacinal contra a raiva. As ações de prevenção à doença acontecem no bairro Paranaguamirim, após a identificação do vírus em amostra coletada de um cachorro do local. O animal apresentava um machucado, recebeu atendimento veterinário, mas acabou morrendo alguns dias depois. Houve a suspeita da doença e então foi realizada a coleta de amostra e encaminhada para análise laboratorial.

A partir do resultado positivo, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) encaminhou os materiais necessários para a Gerência Regional de Saúde de Joinville, além de prestar o apoio técnico para realização do bloqueio vacinal. O município fará a coordenação da ação, que começa a partir desta segunda-feira (07).

“O bloqueio vacinal é uma atividade prevista pelo Ministério da Saúde diante da identificação de um caso de raiva animal em animais domésticos. Nessa atividade, ocorre a busca ativa de animais doentes e mortos na região e a vacinação de cães e gatos em um raio de 300 metros a partir do caso identificado”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

“É também importante sempre alertar a população que diante de acidentes envolvendo cães e gatos, ou animais silvestres e de produção, é necessário buscar o atendimento em um serviço de saúde”, alerta  Alexandra Schlickmann Pereira, médica veterinária da DIVE/SC.

Saiba mais na nota técnica.

Raiva

A raiva é uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem, quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. A raiva não tem cura estabelecida (há apenas três casos de cura conhecidos no mundo, um deles no Brasil) e a única forma de prevenção é por meio da vacina.

A vacinação de todos os cães e gatos é a forma mais eficaz de proteção contra a doença. “O ideal seria ter um veterinário de confiança e ele indicar qual o calendário de vacinas mais adequado para o seu animal de estimação”, ressalta a veterinária.

Além disso, a população deve ficar atenta ao comportamento estranho dos animais. Qualquer alteração de comportamento como inquietação, aumento de agressividade, paralisias dos membros e fotofobia (medo da luz) deve ser observada e comunicada para a Secretaria Municipal de Saúde.

Cenário em SC

Em Santa Catarina, a DIVE/SC confirmou em maio de 2019, um óbito de uma paciente de 58 anos, residente no município de Gravatal, no sul do estado, por conta da doença. Ela foi mordida por um gato infectado. O caso foi confirmado após 38 anos sem registro da doença no estado. 

Já os últimos casos de raiva em cães e gatos em SC foram registrados:

– 2006, nos municípios de Xanxerê (um cão e um gato) e Itajaí (um cão)

– 2016, em Jaborá (um cão)

– 2023, em Orleans (um gato)

O estado de Santa Catarina é área controlada para raiva no ciclo urbano. Entretanto existem outros ciclos como o aéreo (envolvendo morcegos), silvestre e rural, onde pode ocorrer o contato de animais domésticos e pessoas com o vírus.

Prevenção

Além de vacinar anualmente os animais domésticos é importante ter os seguintes cuidados:

Com os animais:

– Manter seu animal em observação quando ele agredir uma pessoa;

– Vacinar anualmente seus animais contra a raiva;

– Não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair;

– Notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;

– Informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;

– Informar a existência de morcegos de qualquer espécie em horários e locais não habituais (voando baixo, durante o dia, caídos).

Evite:

– Tocar em animais estranhos, feridos e doentes;

– Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;

– Separar animais que estejam brigando;

– Entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);

– Criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat;

– O contato com saliva de animais doentes, através de mordeduras, arranhões ou lambeduras;

– Procurar um serviço de saúde diante de um acidente envolvendo cães, gatos, morcegos, animais de produção ou silvestres.

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
NUCOM – Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)
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NUCOM | DIVE

Núcleo de Comunicação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina

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