Saúde distribui 4 milhões de preservativos durante o Carnaval em Santa Catarina
Para reforçar a importância do sexo seguro, chamando a atenção dos catarinenses para a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), a Secretaria de Estado da Saúde está distribuindo mais de 4 milhões de preservativos masculinos na rede pública de saúde durante o Carnaval. Os preservativos estão sendo encaminhados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) às Gerências Regionais de Saúde, que imediatamente distribuem para todos os municípios.
Divulgação / Saúde
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O objetivo da ação é facilitar o acesso ao preservativo e conscientizar a população sexualmente ativa que a camisinha é a principal aliada na prevenção das DST, como a Aids, sífilis e hepatites virais. “Como algumas destas doenças não apresentam sintomas e são detectadas apenas por meio de exames, é muito importante que as pessoas usem preservativos durante as relações sexuais para evitar se contaminar ou contaminar os parceiros”, destaca a gerente de Vigilância das DST, Aids e Hepatites Virais da Dive, Ingrid Bittencourt.
Neste Carnaval, a maior preocupação é com os jovens. A faixa etária de 15 a 24 anos é a que vem registrando o maior aumento no número de casos de aids. Santa Catarina registrou 277 casos de Aids nessa faixa etária em 2014, e 252 casos em 2013. Desde o início da epidemia no Estado, em 1984, até o ano passado, 3.410 jovens se infectaram com o HIV. “Um dos principais fatores de risco é o uso de álcool e drogas ilícitas, que fazem com que o jovem muitas vezes esqueça de usar a camisinha”, alerta a gerente.
O Ministério da Saúde também reforçará as ações de comunicação do Carnaval 2015 nas cidades com mais foliões, como Florianópolis. Com a hashtag #partiuteste, a campanha foca no uso da camisinha e a importância de fazer o teste, para iniciar logo o tratamento. Os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite podem ser feitos nas unidades básicas de saúde em todo o Estado. O teste rápido é um tipo de exame que, utilizando apenas uma gota de sangue, permite que, em menos de meia hora, o paciente tenha acesso aos resultados e possa receber o encaminhamento necessário a sua situação.
Os registros das DST em Santa Catarina confirmam a importância do alerta. De 1984 a 2014, foram notificados 36.216 casos de aids, sendo 1.669 apenas no ano passado. Dos 20 municípios com maiores taxas de detecção da doença, oito são catarinenses (Balneário Camboriú, Biguaçu, Camboriú, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Rio do Sul e São José). Em 2014, o Estado também registrou 1.345 casos de hepatite B e 863 de hepatite C. Em relação à sífilis, foram notificados 615 casos da doença em gestantes e 282 casos de sífilis congênita (que passa da mãe para o bebê durante a gestação).
A indicação da Dive às secretarias municipais de saúde é disponibilizar os preservativos em diferentes lugares. “Para que a população tenha fácil acesso aos preservativos, é importante que os municípios façam a distribuição em locais movimentados, como postos de combustíveis, academias e até mercados”, salienta a gerente Ingrid Bittencourt. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica também incentiva e apoia outras ações realizadas pelos municípios.
Aids
HIV é a sigla em inglês para o vírus da Imunodeficiência Humana, responsável por causar a Aids, síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Após o contágio, a doença pode demorar vários anos para se manifestar. Dessa forma, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo e transmiti-lo, mas ainda não ter desenvolvido a Aids. O HIV é encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus e pode ser transmitido durante relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Com o passar do tempo, o HIV destrói os glóbulos brancos do organismo da pessoa infectada. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico (defesa do organismo), sem eles a pessoa fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer, definindo então que o paciente não é mais apenas portador de HIV, mas sim doente de Aids.
Hepatite
A hepatite é uma inflamação do fígado, geralmente causada por vírus, mas que também pode ser provocada pelo abuso de bebida alcoólica e por reação a algum medicamento. É uma doença silenciosa, que nem sempre apresenta sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. A hepatite B é transmitida pelo sangue e/ou nas relações sexuais sem preservativo. É possível pegar a doença por meio do compartilhamento de objetos como agulhas e seringas, lâminas de barbear, materiais cirúrgicos e odontológicos, materiais de manicure sem adequada esterilização ou por meio de materiais para confecção de tatuagens e colocação de piercings. A hepatite C também é transmitida pelo sangue, uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas, canudos de inalação e materiais perfurocortantes contaminados. A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente vacina contra a hepatite B.
Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida através de: relações sexuais desprotegidas, da mãe para o feto, por transfusão de sangue ou até mesmo por contato direto com sangue contaminado. Se não for tratada precocemente, pode comprometer vários órgãos como olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso, podendo levar a morte.
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