Santa Catarina recebe equipamento para agilizar testes de detecção de vírus respiratórios
Fotos: Cristiano Estrela / Secom
Santa Catarina passa a contar com um aparelho extrator de ácidos ribonucleicos (RNA). O equipamento é usado em testes de biologia molecular para detecção de vírus presentes em amostras biológicas e em rios, lagoas e outros locais. O aparelho também será utilizado na avaliação de amostras suspeitas de infecção por dengue, zika, febre amarela, chikungunya e, principalmente, para avaliar os vírus de transmissão respiratória, como o influenza.
A vice-governadora Daniela Reinehr, o secretário adjunto de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e a superintendente de Vigilância em Saúde (SUV), Raquel Bittencourt, estiveram nesta segunda-feira, 10, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-SC) para conhecer o equipamento. A vice-governadora, que negociou a vinda do aparelho junto ao Ministério da Saúde, reforça que a principal vantagem do Janus flex nat é sua capacidade de identificar os RNA dos vírus de forma automatizada. “Mais do que agilidade, ele é capaz de fazer com que as vacinas que serão desenvolvidas possam ser produzidas baseadas em vírus que circulam em nosso estado, diferente do que ocorre hoje, quando as vacinas são produzidas para combater vírus que circulam, por exemplo, na Austrália”, afirma.
André Motta lembra que o novo equipamento do Lacen “vai trazer mais segurança e agilidade para a população de Santa Catarina”. Ate então as análises eram realizadas manualmente e, com o Janus, serão feitas automaticamente, o que garante maior precisão e rapidez. Os testes passam de três horas para cerca de uma hora e meia.
O aparelho foi doado ao laboratório pelo Ministério da Saúde. Os servidores passarão por um treinamento para utilização e a proposta da Secretaria de Estado da Saúde é que os materiais coletados, principalmente durante o inverno de 2020, possam auxiliar na produção de vacinas do próximo ano. Pela proposta, haverá a ampliação das coletas realizadas em pacientes do interior do estado, como forma de identificar os diferentes subtipos do vírus influenza que atingem a população.
“Conhecendo esses subtipos, teremos maior número de amostras para mandar para o laboratório de referência nacional para produção de vacinas. E, assim, garantir uma imunização mais eficiente para os catarinenses”, afirma a diretora do Lacen, Marlei Pickler Debiasi dos Anjos.
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