Santa Catarina encerra safra 2017/18 de grãos com recorde na produção de soja
A soja vem ganhando cada vez mais espaço nas lavouras catarinenses e nem mesmo a estiagem impediu os produtores de colherem uma safra recorde. Este ano, os produtores colheram 2,46 milhões de toneladas de soja – um crescimento de 2% em relação à última safra. O desempenho das lavouras de arroz, soja e milho foi divulgado no Boletim Agropecuário, elaborado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
O aumento na área foi justamente o que impulsionou o crescimento na produção de soja. Em 2018, Santa Catarina teve problemas pontuais de estiagem e a ocorrência de mofo branco em algumas lavouras de Campos Novos e no Planalto Norte, o que teve impacto direto na produtividade. Os produtores colheram em média 3,6 toneladas por hectare – uma queda de 2% em comparação com a safra 2016/17.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que a safra de grãos em Santa Catarina é fortemente influenciada pelas perspectivas de preço. “Na última safra o milho teve um preço baixo e a soja estava remunerando melhor o produtor e isso tem uma influencia direta na escolha do produtor”.
Nos últimos cinco anos, a soja avançou mais de 160 mil hectares em Santa Catarina. Este aumento na área cultivada de soja tem causado a redução da área plantada de milho, pastagens, fruticultura, feijão e outras culturas. Atualmente, a região de Xanxerê é a maior produtora de soja do Estado.
Milho
Depois de uma super safra em 2017, Santa Catarina retorna aos patamares normais e colhe 2,47 milhões de toneladas do grão. A produção foi 21,6% menor do que na última safra, reflexo principal da diminuição na área cultivada.
O milho é o grão de ouro para Santa Catarina, fundamental para abastecer as cadeias produtivas de proteína animal. O agronegócio catarinense consome próximo de sete milhões de toneladas de milho por ano – sendo que mais de quatro milhões de toneladas são importadas de outros estados.
“A redução na safra catarinense será compensada com a compra de mais milho de outros estados, o que afeta os custos de produção de aves e suínos”, ressalta Airton Spies. São vários os fatores que contribuem para a queda na área plantada de milho grão em Santa Catarina, entre eles o aumento na produção de soja e de milho silagem, assim como a rotação de culturas para o manejo do solo.
As lavouras catarinenses de milho grão ocuparam 305,9 mil hectares e a produtividade foi de oito toneladas por hectare, bem acima da produtividade nacional que chega a 5,5 toneladas/hectares. Para a produção de silagem, foram destinados 225,9 mil hectares.
Arroz
Segundo maior produtor nacional de arroz, Santa Catarina colhe 1,18 milhão de toneladas na safra 2017/18. Mesmo com a redução de área plantada, a produtividade superou as expectativas e fechou em oito toneladas/hectare – um aumento de 1,48% em relação ao ano anterior.
A boa safra é resultado das condições climáticas favoráveis combinadas ao investimento em tecnologias e cultivares de alto potencial produtivo. O Estado tem 146,9 mil hectares destinados ao cultivo de arroz irrigado e a maior região produtora é Araranguá.
O arroz tem se tornado também um importante produto da pauta de exportações catarinenses. O faturamento com as exportações no primeiro semestre já é de US$ 11,8 milhões – cinco vezes maior do que o valor exportado no ano passado inteiro. Os principais destinos são Venezuela e África do Sul.
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Ana Ceron
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