Retomada da economia reflete em aumento da arrecadação em Santa Catarina
O setor têxtil está entre os que apresentaram maior crescimento neste ano – Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom
Em agosto, a arrecadação total catarinense atingiu R$ 3,6 bilhões. Um recorde histórico de acordo com dados da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), divulgados nesta quarta-feira, 1º de setembro. Em comparação com o mês anterior, o crescimento foi de 17,5%.
“Neste mesmo período no ano passado, o Estado dava os primeiros passos para sair da crise, que atingiu Santa Catarina sobretudo entre os meses de abril e junho. Em comparação com agosto de 2020, a arrecadação cresceu 44,4%, um número bem expressivo”, salientou a diretora de Administração Tributária (DIAT) da Fazenda, Lenai Michels.
Segundo ela, os bons números refletem diversos fatores, que incluem o crescimento da economia em todo os país; a recuperação econômica pós-pandemia e resiliência do setor produtivo; o trabalho das equipes da SEF em todos os setores; e a adesão ao Programa Catarinense de Recuperação Fiscal de 2021 (Prefis-SC/2021), encerrado nesta terça-feira, 31. Somente com o Prefis deste ano, foram arrecadados R$ 417 milhões.
Além disso, todos os segmentos econômicos analisados pelos Grupos Especialistas Setoriais (GES) registraram alta em agosto deste ano, em relação ao mesmo mês em 2020. Os que tiveram melhor desempenho foram têxtil; materiais de construção; automotivo e de autopeças; agronegócio; e de supermercados. “A economia está se equilibrando e expandindo em todos os segmentos. Nossa perspectiva é que neste segundo semestre, com o avanço da vacinação, tenhamos resultados ainda mais positivos”, declarou Lenai.
Sem aumento de impostos
A arrecadação em Santa Catarina tem crescido sem aumento de impostos. A alíquota do ICMS que incide sobre a gasolina, por exemplo, continua igual, em 25%, o menor percentual do Brasil. O valor efetivo cobrado de imposto sobre cada litro varia conforme os preços praticados pelos postos de combustíveis, determinados pela Petrobras e pelo mercado, sem ingerência dos governos estaduais e seus gestores.
“O Governo do Estado não aumentou nenhum imposto neste período. Pelo contrário, tivemos redução em alguns casos, incluindo a alíquota do ICMS incidente nas operações internas com mercadorias destinadas a contribuintes para comercialização, industrialização e prestação de serviços, que diminuiu de 17% para 12% no ano passado”, explica a diretora da DIAT.
Geração de empregos e abertura de empresas
Os bons resultados conquistados pelo Estado refletem também na geração de empregos, por exemplo. De janeiro a julho de 2021, Santa Catarina criou 139,4 mil novos postos de trabalho, terceiro melhor resultado do país, atrás de São Paulo e Minas Gerais. Os dados são do Ministério da Economia no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados na última semana.
Outro ponto positivo é a abertura de empresas. No acumulado de 2021, Santa Catarina conta com um saldo positivo de 87.457 novos negócios, alta de 41,80% em relação ao mesmo período em 2020, segundo análise da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), também apresentada no fim de agosto.
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