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Com a intenção de articular ações entre Santa Catarina, Argentina e Paraguai para construir uma nova rota para transporte de milho, aconteceu nos dias 15 e 16 deste mês, na cidade de Encarnación, no Paraguai o Encontro Transfronteiriço da Rota do Milho.

Santa Catarina é o 8º Estado produtor, e o 2º maior Estado consumidor de milho, com um consumo de cerca de 6 milhões de toneladas por ano, e com uma produção de apenas 3 milhões de toneladas por ano. Sendo assim, anualmente são mais de três milhões de toneladas do grão que saem do Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul para abastecer as cadeias produtivas de suínos, aves e leite em Santa Catarina.

Com essa proposta a nova rota pode encurtar as distâncias percorridas pelo grão e dar mais competitividade para o agronegócio catarinense. A intenção é que o milho saia do Paraguai, siga para Argentina (passando pela Provincia de Misiones em direção a Bernardo de Irigoyen) e chegue até Dionísio Cerqueira.

Com a concretização da Rota do Milho, o grão estará a 354 km de Dionísio Cerqueira, onde já existe um serviço de aduana, e a 555 km de Chapecó, maior centro de consumo do grão em Santa Catarina. Quase metade do trajeto feito pelos caminhões que trazem milho do Mato Grosso, por exemplo.

O Coordenador Adjunto do NFSC Flávio Berté destacou que no encontro de Encarnación, foi reiterada a importância do fortalecimento da integração não só comercial, mas que essa oportunize novos empreendimentos que possam gerar também desenvolvimento dos municípios da Faixa de Fronteira de Itapúa no Paraguai/ Misiones na Argentina com Santa Catarina no Brasil. “Precisamos ressaltar ainda a necessidade urgente de parceria entre o Governo do Estado e Governo Federal para viabilizar a estruturação e melhoria do fluxo na ACI Cargas Aduana Integrada de Cargas – Dionísio Cerqueira/ Bernardo de Irigoyen para realização de procedimentos integrados com órgãos que atuam na ACI Cargas”, enfatizou Berté.

O secretário adjunto Airton Spies, representou Santa Catarina no Encontro. “Hoje, Santa Catarina já traz milho do Paraguai, porém por uma rota mais longa, passando por Foz do Iguaçu, com muitas dificuldades aduaneiras, formação de longas filas de caminhões que atrasam e geram custos. Essa nova rota reduziria o tempo de transporte e o custo. Colocando o estado com uma vantagem competitiva para produção de carnes e leite”, destaca.

Debate em grupos

Dentre as atividades realizadas durante os dois dias de encontro, houve um momento em que os participantes foram divididos em quatro setores: Organismos de Governo, Transportes Rodoviários, Empresarial, Industrial e Comercial e Turismo. O objetivo foi levantar de três a cinco dificuldades ou entraves para o processo de integração fronteiriça bem como propor, por ordem de prioridade, possíveis soluções e sugestões para os mesmos.

Também foi assinado o Protocolo Carta de Ações de Encarnacion para determinar cronograma de atividades para que a rota viabilize a passagem dos primeiros caminhões até fim de novembro de 2017 dentre outros oito pontos de trabalhos e ações a serem desenvolvidos. “Também buscaremos a viabilização via BRIPAM para a formalização de uma Governança para trabalhar os setores e projetos que estarão sendo desencadeados a partir das ações propostas”, destacou Berté.

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