Extremo-Oeste e Oeste buscam nova rota para transporte de cargas e melhoria na recepção de turistas argentinos
Estreitar os laços comerciais, ampliar os negócios, diminuir os custos logísticos e resolver os entraves burocráticos e de infraestrutura na recepção dos turistas. Estes são os objetivos das regiões Extremo-Oeste e Oeste com a mobilização para a liberação de transporte e imigração pela ponte sobre o Rio Peperi-Guaçu em Paraíso, que liga Santa Catarina ao município de San Pedro, na Argentina. O secretário executivo de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste, Volmir Giumbelli, esteve nesta semana em Florianópolis, e entregou um dossiê sobre a fronteira para lideranças estaduais.
Giumbelli esteve reunido com os secretários de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, e da Casa Civil, Nelson Antonio Serpa, além do deputado federal João Rodrigues. “É importante unirmos forças para a liberação e melhoria da estrutura. Ambos os lados, tanto no Brasil quanto na Argentina, já possuem asfalto, e a logística beneficia muito a economia de Santa Catarina”, afirma Giumbelli.
Hoje, a única cidade catarinense que faz fronteira com a Argentina e que possui estrutura de alfândega é Dionísio Cerqueira. A ligação entre Paraíso-San Pedro tem papel fundamental para o agronegócio catarinense, já que a Argentina é um grande fornecedor de milho, que abastece as cadeias produtivas de suínos e aves em Santa Catarina. E, por outro lado, o estado vende carne suína e de frango para o país vizinho. Só em 2016, a Argentina comprou nove mil toneladas da carne suína catarinense, o que representa US$ 25 milhões de faturamento.
A agroindústria catarinense traz cerca de 3,5 milhões de toneladas de milho por ano, sendo que o produto está disponível no mercado interno a mais de mil quilômetros do Oeste. Abrir uma nova via de acesso com a Argentina pode reduzir os custos com o frete do milho, já que a distância entre Paraíso e o país vizinho é menor (inferior a 500km) se comparada à percorrida para buscar o grão no Centro-Oeste. “Mesmo com uma boa safra de milho, Santa Catarina continuará comprando o grão de outros estados e até mesmo do Paraguai e Argentina. Usar a ponte de Paraíso como via de acesso pode diminuir os custos com o frete, dando mais competitividade para a produção catarinense de carnes”, afirma o secretário Moacir Sopelsa.
Solução
Com o Decreto nº 8.699, de 28 de março de 2016, o Governo brasileiro tornou público o acordo entre Brasil e Argentina para a construção de uma nova ponte internacional sobre o Rio Peperi-Guaçu, firmado em Buenos Aires ainda em 2011. A ponte existente precisa do reconhecimento por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e é a maneira mais rápida para resolver o problema de imigração. Com a liberação, poderá ser instalada uma aduana, regularizando a entrada e saída de pessoas. Para o reconhecimento, é preciso realizar um teste de cargas da ponte para saber o peso que ela suporta.
Nesta semana, uma comitiva catarinense participou de uma reunião com a Câmara Técnica de Transporte e Logística do Ministério da Agricultura em Brasília para apresentar um plano de ação para a viabilização de um corredor alternativo para o desenvolvimento do agronegócio do Oeste catarinense. Conforme o diretor da Secretaria de Estado do Planejamento, Norton Boppré, entre os assuntos tratados está a construção da nova ponte e de estrutura para controle da imigração e de cargas no lado brasileiro, em Paraíso, bem como melhorias na aduana em Dionísio Cerqueira. “Também já encaminhamos o pedido para o teste e reconhecimento da ponte ao Dnit, que nos respondeu positivamente. Podemos ter avanços nesta mobilização em breve”, afirma Norton.
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