Região de Videira está livre da vespa da madeira

Considerada uma praga de grande importância econômica para o Pínus, a vespa da madeira não foi localizada em nenhum município da regional. Isso é o que garante a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Regional de Videira, que realiza um trabalho de defesa sanitária vegetal há anos. Desde o início de agosto as ações foram intensificadas, em especial em alguns pontos com suspeita do ataque do inseto, em áreas de reflorestamento de pínus, porém nada foi constatado.
A demanda pontual surgiu através do termo de cooperação técnica firmado entre a Cidasc, Epagri, Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR); Federação das Industrias de SC (FIESC), e Embrapa.
A equipe formada pelos engenheiros agrônomos da Cidasc, Regional de Videira: Cassiano Augusto Araujo e João Altino B. de Almeida juntamente com o técnico do Sindicato da Indústria da madeira de Caçador, Fernando Buscarons, visitaram 35 reflorestamentos distribuídos nos municípios de Videira, Fraiburgo, Iomerê, Arroio Trinta, Salto Veloso e Tangará.
Nas inspeções foram realizadas derrubadas de árvores com suspeita, retirando pequenas torras de 30 centímetros de comprimento, do terço médio e superior da árvore, para verificar a presença da vespa por meio de respingos de resina no trono e galerias ou larvas da vespa, no entanto, a presença não foi confirmada em nenhuma das áreas fiscalizadas.
Segundo o gerente da Cidasc, Regional de Videira, Mario Milani, a Companhia está constantemente preocupada com a fitossanidade ambiental e vegetal e monitora toda a área de abrangência para evitar problemas posteriores. “Caso fosse identificado algum caso de confirmação do ataque, as árvores seriam derrubadas e inoculadas gratuitamente com um controle biológico da vespa da madeira. O proprietário seria notificado, exigindo dele a realização do manejo adequado, evitando a disseminação. Felizmente não houve registros” finalizou.
Como a vespa age?
A praga é atraída por árvores debilitadas. Nestas árvores as pragas fazem a postura, depositando junto, muco e fungo, que são tóxicos à planta. Após a eclosão, as larvas se alimentam do fungo, abrindo galerias no tronco. A disseminação ocorre através do vôo da vespa e pelo transporte da madeira infestada pela larva.
Para comprovar que a madeira está livre da praga é necessário fazer a certificação fitossanitária da floresta de pínus e do produto beneficiado. Esta certificação é realizada através da adoção de medidas fitossanitárias, acompanhadas por um profissional habilitado, sob a supervisão da Cidasc.
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