Região de São Miguel do Oeste forma comissão para elaborar projeto de produção de Leite orgânico
Entidades ligadas ao setor agropecuário estiveram reunidas nesta quarta-feira, 1º de julho, para analisar as possibilidades de produção e comercialização de leite orgânico na região. O evento, realizado no auditório do Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de São Miguel do Oeste, contou com a presença de mais de 30 pessoas entre técnicos, agricultores familiares, professores e representantes de entidades. Uma comissão foi formada para elaborar um projeto econômico financeiro, bem como um levantamento do potencial de produção de leite orgânico na região.
O grupo participante é composto por representantes da Epagri, IFSC, UFSC, SEBRAE, Secretaria Regional de São Miguel do Oeste, cooperativas de pequenos agricultores, sindicatos, Unitagri, Capa, Rede Ecovida, movimentos sociais, laticínios e Consad. O objetivo da reunião foi o debate e a construção de um projeto de viabilidade técnica, social e econômica sobre a cadeia produtiva do leite orgânico.
Conforme o gerente de Desenvolvimento Econômico Sustentável e da Agricultura, Claudir Tessaro, a região se caracteriza pela forte presença de pequenas propriedades rurais, sendo que a atividade leiteira tem forte expressão. “A cadeia tem passado por altos e baixos nos últimos anos, o que cria um clima de insegurança entre as famílias rurais. Além disso, num futuro próximo, a concentração da produção tende a gerar exclusão de muitas famílias do setor”, afirma.
Segundo dados da Epagri, atualmente, existem basicamente dois modelos de produção de leite. Uma parcela de produtores de leite desenvolve sua atividade no método tradicional, expresso pelo uso intensivo de tecnologia, altos investimentos em construções e equipamentos. O sistema é estruturado para obter altas produtividades via emprego intensivo de adubo, concentrado e silagem, o que aumenta muito o custo de produção.
Outro grupo de agricultores vem sendo apoiado por técnicos de extensão, pequenas cooperativas, sindicatos e organizações não governamentais e apostam num modelo mais sustentável de produção de leite. “É nesse sistema que se entra o avanço do leite orgânico” declara o extensionista da Epagri, José Clóvis Moreira. Uma próxima reunião está marcada para agosto e contará com a presença das demais entidades que iniciaram o projeto e de outras que serão convidadas a envolverem-se na iniciativa.
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