Recursos para promover acessibilidade ganham destaque em novo site da Fundação Catarinense de Educação Especial
O site da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) foi reformulado para promover ainda mais acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva, visual ou motora. Novos recursos foram incorporados com a meta de ampliar o alcance do conteúdo publicado. Foram quase dois anos de estudos e a nova versão entrou no ar neste mês de julho, resultado da parceria entre a equipe da FCEE e o Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc).
Fotos: Julio Cavalheiro / Secom
Logo no topo do site, aparece a Barra de Acessibilidade, com as opções de atalho direto para o conteúdo e de busca de conteúdo e, ainda, botões que permitem aumentar o tamanho da fonte de texto em todo o site. Também na parte superior, é possível selecionar o botão que ativa a ferramenta Alto Contraste, formulada de modo que além de deixar o texto branco em fundo preto também altera as cores de todas as imagens do site para escalas de cinza, facilitando a navegação de pessoas com baixa visão.
A opção alto contraste facilita a navegação de pessoas com baixa visão
O analista de Informática da FCEE, Cândido Matos dos Santos, explica que o novo site foi trabalhado dentro da proposta de promover a responsividade, ou seja, todo o conteúdo é adaptado automaticamente ao tamanho da tela que o usuário estiver utilizando sem perder suas funcionalidades. Também foi trabalhado o recurso conhecido como “migalha de pão” (breadcrumbs), que apresenta os links da navegação realizada dentro do site em forma de lista, permitindo ao usuário saber qual o caminho percorrido até chegar a cada página em que se encontra no momento.
Outra ferramenta é a tabulação, pensada nos usuários que utilizam apenas o teclado para navegar, sem o auxílio do mouse. Clicando apenas a tecla Tab, é possível percorrer todos os links distribuídos em cada página. Servidor da FCEE, Paulo Ricardo Pedroso, com paralisia cerebral, demonstra na prática as vantagens do recurso e elogia a iniciativa. O site da FCEE também excluiu práticas desaconselhadas, consideradas como empecilho para o acesso de pessoas com deficiência, como o uso de animações e aplicações Flash e atualizações automáticas periódicas.
“Por desenvolvermos um trabalho tão sério e tão importante na questão das políticas de inclusão social das pessoas com deficiência, precisávamos que o nosso site também fosse acessível, para que uma pessoa surda, um cego ou alguém com deficiência motora também possa acessar com facilidade informações sobre o trabalho da fundação”, destaca a presidente da FCEE, Rosemeri Bartucheski.
Outra ação que já era feita no site e terá continuidade é a tradução dos textos da seção de notícias para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). A coordenadora do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), pedagoga Patrícia Amaral, explica que muitas pessoas surdas têm dificuldades para ler textos, principalmente os mais longos. “A linguagem oficial dos surdos é a Libras, essa é a primeira língua deles e a que entendem melhor”, destaca. Por isso, além de reproduzida em texto, cada notícia publicada no site é disponibilizada também em um vídeo traduzido para Libras, produzido pela equipe própria de intérpretes da FCEE. A proposta é, em uma nova etapa, ampliar o recurso também para outras áreas do site.
Site continua dando espaço para a tradução dos textos de notícias para Libras
As principais referências para as mudanças foram documentos de acessibilidade na internet como a cartilha WCAG 2.0 – Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web, desenvolvida pela organização internacional World Wide Web Consortium; e a eMAG – Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico, desenvolvida pelo Governo Federal. Os testes passaram por avaliação de acessibilidade por meio de ferramentas automáticas como o ASES (Avaliador e Simulador de Acessibilidade de Sítios) e também pela avaliação por profissionais da FCEE ligados às áreas de tecnologia, surdez e deficiência visual, incluindo pessoas com deficiência que integram a equipe da fundação.
Marcelo Lofi, pedagogo e coordenador do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), por exemplo, participou de todo o processo de desenvolvimento do site. Cego, ele testou e aprovou as medidas. Realizando a navegação com um leitor de tela (software usado para obter resposta do computador por meio sonoro), ele agora consegue acessar todo o conteúdo do novo site com muito mais agilidade.
A FCEE
Primeira instituição pública estadual do Brasil responsável pela definição e coordenação de políticas de Educação Especial, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), criada em maio de 1968 e vinculada à Secretaria de Estado da Educação, beneficia milhares de pessoas em todo o Estado que dependem das políticas públicas para serem incluídas com qualidade de vida.
Atualmente, por meio de convênios, a FCEE presta, direta e indiretamente, assessoria técnica a entidades públicas ou privadas que mantenham qualquer vinculação com a pessoa com deficiência, condutas típicas e altas habilidades, em especial as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), as demais instituições especializadas em educação especial e toda a rede regular de ensino do Estado.
São mais de 200 instituições especializadas conveniadas com a FCEE, que atendem cerca de 18 mil alunos em todo o Estado, além dos cerca de 14 mil alunos com deficiência matriculados na Rede Regular de Ensino do Estado.
Dentro da sede em São José, a FCEE conta com 10 Centros de Atendimento Especializados, que são espaços de estudos, discussões e pesquisas em suas respectivas áreas de atuação. Frequentam os Centros pessoas com deficiência (visual, auditiva, mental, motora e múltipla), transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Cerca de 400 alunos são atendidos diretamente pela FCEE.
Outra área de competência da FCEE é a capacitação de recursos humanos. Promove, principalmente, cursos e capacitações voltados para os profissionais das instituições especializadas em educação especial e da rede regular de ensino de todo o Estado.
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