Com o representante da empresa holandesa Vermako Estufas, Francisco Bueno, o secretário regional Ítalo Goral esteve no Presídio Regional de Serra Canoas, em Rio do Sul, na tarde desta segunda-feira, 5, para, juntamente com o diretor do presídio Nei Feuser, o agente prisional do Departamento de Administração Prisional, Rodrigo Ribeiro, e o agrônomo Osnei Molinari, dar os primeiros passos de implantar um projeto piloto de produção de hortaliças orgânicas em estufas.

O Presídio Regional já conta com alguns projetos implantados que dão resultados, como o de confecção de jeans, de fabricação de etiquetas, de tratamento de água em uma Estação de Tratamento do próprio presídio, além de fábrica de grampos,  que conta com 112 presidiários apenados, dos 322 que cumprem pena em Serra Canoas.

O presídio regional tem área para plantio 42 hectares, com um, dois ou até três hectares já é possível instalar estufas com ventilação, para regular temperatura, umidade e ensolação para o cultivo de hortaliças orgânicas. O representante da Vermako, Francisco Bueno, garante que uma estufa de 50 metros de largura por 70 metros de comprimento seria plausível de instalação, com pouca utilização de água, nenhum defensivo agrícola, e enquanto se produz em média 6 quilos de tomate por metro quadrado na agricultura convencional, nesta estufa seria possível chegar a9 0 quilos.,por metro quadrado de produção de tomate orgânico.

Conforme disse o agrônomo Osnei Molinari, o modelo pode servir de exemplo a agricultores de todo o Alto Vale do Itajaí. A produção absorveria mão de obra de três a quatro presidiários, que serão remunerados conforme outros presidiários em  programas laborais, à base de remuneração de um salário mínimo/mês, sem vínculo empregatício, e a cada três dias trabalhados, o apenado tem diminuído um dia da pena a ser cumprida. O diretor Nei Feuser está disposto a botar em prática o projeto o mais breve possível.

Aproveitando a ocasião o secretário regional Ítalo Goral anunciou verba de R$ 220 mil, provenientes do DEAP, para a reforma do refeitório e da cozinha do presídio e para a construção de mais uma sala de aulas, além de duas novas cisternas de água, cada uma de 20 mil litros, que dobrarão a capacidade de armazenamento de água, que é de 40 mil litros atualmente.

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