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Projeto de diagnóstico eletrônico de câncer de colo de útero de professor da Udesc Joinville recebe R$ 143 mil da Fapesc

A fase 2 do projeto de diagnóstico eletrônico do câncer de colo de útero, desenvolvido pelo professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Joinville, Pedro Bertemes Filho, foi contemplada com R$ 143 mil pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O edital faz parte do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilha da em Saúde (PPSUS).

O projeto estuda a caracterização de tecidos usando a impedância elétrica. A técnica – que já está sendo testada em unidades de saúde e hospitais de Santa Catarina – consiste em aplicar estímulos elétricos em tecidos humanos e correlacionar as respostas por meio de modelos matemáticos do material analisado. Com esta técnica, que é indolor, o diagnóstico pode sair em apenas 2 minutos, prazo bem inferior em relação à biópsia, que demora de 30 a 60 dias, e é feita sem anestesia.

O primeiro contato com esta técnica de diagnóstico começou quando Bertemes fazia doutorado na Inglaterra. “Participei de um grupo de pesquisa multidisciplinar. Anos mais tarde, alguns pesquisadores incubaram uma empresa na cidade de Sheffield e começou o desenvolvimento comercial da idéia”, lembra o professor.

Foto: Jonas Pôrto/ Asscom Udesc

A primeira fase do projeto começou em 2011, quando na ocasião a Fapesc aprovou o primeiro projeto. Seis sondas eletrônicas da Inglaterra foram importadas, médicos oncologistas treinados na empresa fabricante e mais de 100 pacientes foram recrutados para o estudo.

Agora, o foco desta segunda fase, segundo o professor, é avaliação de tecnologia em saúde. “Vamos trazer mais equipamentos para Santa Catarina, testar nos hospitais interessados, ver a receptividade e usabilidade, e verificar se conseguimos replicar os resultados que eles estão obtendo (na Inglaterrra), que dizem serem bons”, afirma o pesquisador.

Segundo Bertemes, no Brasil esta área de pesquisa é inédita. “Desconheço outros pesquisadores que estudam o diagnóstico de câncer utilizando esta técnica eletrônica de análise de tecido. Existem outros grupos que utilizam esta técnica, mas é aplicada à imagem”, diz o pesquisador.

Pedro escolheu esta área de pesquisa devido ao impacto social que o projeto pode proporcionar. “Acho que todos os projetos de pesquisa financiados pelo governo deveriam prever uma contrapartida social. Temos que deixar um legado, uma efetiva contribuição à sociedade”, afirma.

Ele cita dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que apontam que no máximo 20% das mulheres na faixa etária apropriada fazem exame preventivo no país. “A mortalidade de câncer de colo de útero no Brasil é grande”, ressalta.

Em Santa Catarina, os hospitais Hans Dieter Schmidt (Joinville), Cepon e Hospital Universitário (Florianópolis), unidades básicas de saúde de São José José e de Criciúma participam do projeto. “O papel deles é recrutar pacientes e coletar. A gente dá o treinamento e analisa os dados que ficam armazenados em computador”, diz o professor.

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Assessoria de Comunicação da Udesc Joinville
Jornalista Sergio Sestrem
E-mail: comunicacao.cct@udesc.br
Fone: (47) 4009-7930

 

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