O Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), desenvolve em escolas municipais e estaduais urbanas de Lages um projeto de reeducação alimentar com aulas práticas e teóricas sobre a importância da higiene pessoal e manipulação de alimento. A atividade já abrangeu cerca de 700 estudantes de terceira e quarta séries do ensino fundamental de 15 estabelecimentos.

Os trabalhos são realizados por bolsistas e voluntários da Udesc Lages e coordenados pela professora Cristiane Pellizzaro Batalha. No ano passado, as atividades do projeto de extensão foram realizadas nas escolas Professor Trajano, Rubens de Arruda Ramos e Dom Daniel.

“A aceitação pelos alunos e professores sobre o nosso trabalho é ótima”, diz a coordenadora. “Os próprios professores aproveitam as aulas para aprender e repassar as noções adquiridas.”

De acordo com Cristiane, a atividade serve também como guia a fim de ajudar os estabelecimentos a disponibilizarem serviços “cada vez mais em sintonia com os princípios da educação alimentar e alimentação saudável”.

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Didática

Nas aulas, são feitos comparativos entre os alimentos disponíveis, como industrializados, produzidos em casa e adquiridos em feiras, utilizando, principalmente, textos, palavras cruzadas, jogos, vídeos e músicas que enfoquem os males causadas pela má alimentação.

Três vezes ao ano em média, a Udesc Lages busca os alunos para assistirem aulas práticas no Núcleo de Tecnologia de Alimentos (Nuta), da universidade, onde aprendem a fabricar hortaliças em conserva, frutas em calda e cristalizadas, queijos e iogurtes.

Nas escolas com espaço disponível e adequado, os alunos aprendem também a preparar uma horta e utilizam as hortaliças plantadas na sua alimentação.

As aulas repassam ainda informações sobre escovação, com a distribuição de escovas, e higiene pessoal. “Há famílias que usavam a mesma escova para limpar os dentes”, afirma Cristiane.

Benefícios

Segundo o projeto da Udesc Lages, uma nutrição adequada é capaz de melhorar as condições de estresse, irritação, aprendizado e até alterações de comportamento, principalmente em crianças que estão em fase de desenvolvimento.

Muitos consumidores desconhecem os prejuízos que os alimentos industrializados, instantâneos ou congelados causam à saúde quando dão prioridade a esse tipo de alimentação.

“Isso poderia ser evitado se conhecessem a composição nutricional desses alimentos, seus efeitos benéficos e maléficos, maneiras corretas de conservação e até mesmo as combinações alimentares”, diz a coordenadora Cristiane.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
E-mail: valmor.pizzetti@udesc.br
Telefones: (48) 3321-8142/8143