Santa Catarina lidera ranking dos estados com menor taxa de analfabetismo
Com uma taxa de 3,2% de analfabetos, Santa Catarina alcançou o primeiro lugar no ranking dos estados brasileiros com a menor taxa no número de pessoas que não sabem ler e escrever. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 27/09, e apontam o Distrito Federal na segunda colocação, com 3,5%, e os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com 3,8%. “O primeiro passo para melhorarmos a educação de jovens e adultos é o reconhecimento do Estado, como poder público, para a necessidade de ofertar uma alfabetização de qualidade”, destaca a gestora do Programa Santa Catarina Alfabetizada da Secretaria de Estado da Educação (SED), Márcia Aparecida Vieira.
Dentro das ações que fazem do Estado catarinense referência nacional, estão as melhorias nas políticas públicas, como a oferta de Educação de Jovens e Adultos em todas as regiões do Estado. São 40 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), que fazem parcerias com cerca de 90% dos municípios. Também em parceria com a União, a SED desenvolve o Programa Santa Catarina Alfabetizada, que já atendeu cerca de 60 mil jovens e adultos, levando o conhecimento para todos os segmentos. “Alfabetizamos em presídios, na área rural, em comunidades indígenas e quilombolas, e em áreas para tratamento de dependentes químicos”, afirma Marcia.
O trabalho realizado pelos profissionais que lecionam para jovens e adultos também auxiliou na redução da analfabetização. Conforme a gestora do SC Alfabetizada, estes professores estão engajados em conhecer esses sujeitos tendo um olhar diferenciado para suas particularidades. “A alfabetização é a principal porta de acesso para que a pessoa busque novos desafios de vida. Quando estas pessoas escrevem seus nomes, elas descobrem a importância de ir além na busca pelo saber”.
Um exemplo disso é a estudante do Ceja de Florianópolis, Clarinda Godinho, 55 anos, que por ter que cuidar de cinco filhos pequenos, acabou priorizando a educação deles e adiando a própria estreia na sala de aula. A reviravolta veio por meio de uma negativa. Quando estava aguardando para matricular um dos filhos no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, recebeu um formulário para preencher. Sem saber o que fazer, pediu a ajuda de outra pessoa que estava na fila. “Daquele dia em diante resolvi que iria começar a estudar”, afirma. Ela procurou o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) de Florianópolis.
Hoje, ela sabe ler, escrever e entreter-se com os livros em casa. Segundo Clarinda, ela não precisa mais pedir ajuda aos vizinhos para ler caixas de remédios, dificuldade que tinha quando os filhos eram pequenos. A autoestima melhorou e os planos para o futuro estão renovados, a próxima meta é cursar Psicologia. Agora quero continuar os estudos”, diz.
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