O Programa Penso, Logo Destino (PLD) idealizado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) com apoio do Governo do Estado foi contemplado pelo Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e receberá R$ 1,5 milhão para ampliar as ações de descarte de resíduos sólidos no estado.

O PLD promove a logística reversa de produtos como lâmpadas, pilhas, pneus e embalagens de agrotóxicos, eletroeletrônicos encaminhando-os para a reciclagem e o descarte adequado de uma série de produtos que podem conter, além de materiais reaproveitáveis, elementos nocivos para a saúde e para o meio ambiente.

Com os recursos disponibilizados pelo Fundo, o IMA poderá estender para todo os municípios catarinenses o programa – já iniciado em seis de suas 16 regionais no prazo de cinco anos, começando pelos 224 municípios de até 20 mil habitantes, para depois atender aos de até 50 mil e finalizar com as grandes cidades do estado.

“Temos orgulho do PLD em Santa Catarina e na missão que o programa tem de envolver toda a sociedade na destinação correta dos resíduos sólidos. Estamos honrados com o incentivo proveniente do Fundo que será fundamental para ampliarmos essa importante prática que alia a preservação ambiental ao progresso socioeconômico do nosso estado”, disse a presidente do IMA, Sheila Meirelles.

Um dos objetivos do programa Penso, Logo Destino (PLD) é disseminar informações entre agentes públicos e população em geral a respeito das especificidades dos resíduos integrantes dos sistemas de logística reversa por meio de uma série de ações, incluindo a capacitação de 3 mil agentes multiplicadores (coordenadores, professores, agentes de saúde, comerciantes, entre outros).

Outro pilar importante do projeto é mediar a relação entre municípios e entidades gestoras parceiras do PLD a fim de dar capilaridade aos sistemas de logística reversa em Santa Catarina, pois são as partes envolvidas em articulação com a proposta de recolhimentos itinerantes.

As entidades gestoras são pessoas jurídicas constituídas pelas fabricantes e importadoras que têm o objetivo de estruturar, implementar e operacionalizar o sistema de logística reversa no Brasil. As entidades gestoras têm como principal função o recolhimento dos produtos que compõem o sistema de logística reversa conforme o calendário, roteiro e locais definidos.

Espera-se que, ao final do cronograma proposto, Santa Catarina seja um modelo de gestão e abrangência de logística reversa, levando conhecimento à população, promovendo a destinação correta dos resíduos sólidos e garantindo saúde pública e qualidade ao meio ambiente, pilares da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“Sem dúvida nenhuma é um grande projeto social, de abrangência estadual, que não poderia deixar de ter o apoio e o incentivo do FRBL. Estamos convictos de que essa excelente iniciativa do IMA contribuirá decisivamente para o adequado descarte de resíduos sólidos, minimizando sensivelmente o impacto ambiental decorrente da utilização de vários produtos”, considera o presidente do Conselho Gestor do FRBL, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos do MPSC, Cid Luiz Ribeiro Schmitz.

Até o momento, o PLD já recolheu mais de 130 mil unidades de lâmpadas; mais de 100 mil unidades de embalagens de agrotóxicos, cerca de 40 mil unidades de pneus e mais de 32 mil quilos de eletrônicos e pilhas em Santa Catarina.