Programa de qualidade da água subterrânea garante monitoramento nas obras de Potecas
As obras da nova ETE Potecas, uma das maiores frentes de trabalho em saneamento no Estado, é desenvolvida com o suporte do monitoramento da água subterrânea. Previsto na Licença Ambiental de Instalação expedida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), o trabalho acontece com coletas a cada quatro meses.
Desde 2023 as coletas são realizadas com a técnica de amostragem por baixa vazão, que traz maior confiabilidade analítica e precisão nos resultados, pois retira a água do poço de forma lenta e gradual.
As análises permitem identificar qualquer presença de contaminação, como altos níveis de metais. Outros parâmetros monitorados são pH, Nitrogênio Amoniacal Total, Cloreto Salinidade, Nitrato, Fósforo Total, Alumínio, Ferro, Manganês, entre outros componentes.
“É mais um monitoramento muito importante, pois permite detectar impactos resultantes das atividades de construção e implementar medidas corretivas de forma proativa“, explica a engenheira ambiental Larissa de Andrade Gonçalves, que atua nos programas ambientais da nova ETE Potecas.
O monitoramento continuará sendo executado quando a Nova ETE já estiver em plena operação, detectando possíveis impactos e mudanças devido às atividades de operação no lençol freático.
Com obras em plena execução, a CASAN desenvolve um conjunto de programas associados ao empreendimento da nova Estação de Tratamento de Esgotos de Potecas. Planos de controle ambiental das obras (incluindo segurança do trabalho, monitoramento de emissão de fumaça de máquinas e veículos e de gases), assim como monitoramento da fauna, medição, acompanhamento e gestão de ruídos fazem parte desse trabalho voltado a assegurar que a construção ocorra de maneira responsável e sustentável.
A nova ETE Potecas vai substituir a unidade construída na década de 80 com tecnologia de lagoas de estabilização. A nova infraestrutura vai tratar o esgoto em sistema de lodos ativados por aeração prolongada, com controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final.
O investimento previsto é de R$ 270 milhões, para atendimento de uma população de 328.494 habitantes na primeira etapa, podendo chegar a 437.992 com ampliação das redes de coleta. Moradores da parte continental de Florianópolis e de São José serão beneficiados.