Profissionais da saúde recebem treinamento sobre tuberculose
Nesta quinta e sexta-feira, 24 e 25, técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) realizaram a primeira edição do ano da Oficina de Capacitação em Manejo Clínico da Tuberculose em Balneário Camboriú. Em torno de 60 profissionais de saúde participaram do evento, entre médicos, enfermeiros, bioquímicos e farmacêuticos vinculados aos setores de Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica de diversos municípios catarinenses. Uma nova edição da oficina está programada para novembro, em Florianópolis.
“Em função da grande rotatividade de profissionais nas unidades básicas de saúde, percebemos que a maioria em atuação hoje não tem um conhecimento profundo sobre a tuberculose. A oficina é uma oportunidade valiosa para reforçarmos pontos importantes, tais como o teste rápido molecular e a adesão ao tratamento”, enfatizou Luís Henrique da Cunha, técnico do setor de Tuberculose da Gerência de Vigilâncias de Agravos Infecciosos, Emergentes e Ambientais (Gevra) da Dive.
A taxa de abandono do tratamento em Santa Catarina está em torno de 10,1%, aproximadamente o dobro da média considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5%. “Estamos intensificando o trabalho de alerta, auxiliando as gerências regionais de Saúde e os municípios na execução das estratégias no controle da doença”. O maior desafio, segundo Luís Henrique, está na sensibilização dos pacientes em situações mais vulneráveis, como usuários de drogas e pessoas vivendo em situação de rua. Outro importante alerta é para a coinfecção HIV e tuberculose. “O portador de HIV é mais sensível à tuberculose em função da possibilidade de queda da sua resistência imunológica. Se ele receber o tratamento adequado, tanto da tuberculose quanto do HIV, ele poderá ter uma melhor qualidade de vida”, destaca.
A avaliação clínica, o exame que comprova a doença e o tratamento da tuberculose são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades básicas de saúde. O esquema básico de tratamento dura em torno de seis meses. A tuberculose tem cura desde que o tratamento seja feito adequadamente. O percentual de cura em Santa Catarina está em 74%. A meta do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da saúde é de 85%.
Sobre a tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch, que afeta prioritariamente os pulmões, mas pode afetar também outros órgãos, como ossos, rins e meninges. É transmissível pelo ar, por meio da tosse e espirro. A convivência com doentes de tuberculose em ambientes fechados e com pouca ventilação favorece a transmissão da doença.
Os principais sintomas são tosse persistente, por mais de três semanas, febre no final da tarde, cansaço fácil, dor no peito, emagrecimento e suores noturnos. A incidência da doença é de 33 casos/100.000 habitantes no Brasil, ou seja, a cada 100 mil pessoas, 33 são diagnosticadas com tuberculose. Em Santa Catarina, a taxa de incidência está em torno de 28 casos/100.000 habitantes.
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