A gerente regional de Saúde, Maria da Graça Nomura e a técnica em enfermagem que atua na Agência de Desenvolvimento Regional de São Lourenço, Silvana Razini, participaram nesta quinta-feira, 02, de um encontro com o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, realizado em Chapecó, no auditório da Prefeitura Municipal.

O evento, que reuniu também prefeitos, secretários municipais de saúde, gerentes regionais de saúde e dirigentes do setor de 80 municípios da região Oeste, Extremo-Oeste e Alto Irani catarinense, teve por objetivo, dar início a mobilização estadual no combate a dengue. O secretário ressaltou que deu início aos trabalhos pela região Oeste porque há a maior concentração de focos do Aedes aegyti.

De acordo com o secretário, neste ano não houve, até o momento, muitos casos de dengue, zika vírus e chikungunya porque o tempo está colaborando. O calor não foi tórrido e não choveu tanto. Entretanto, não podemos ficar parados, é preciso continuar trabalhando na prevenção, mobilização e acompanhamento.

O secretário informou também que há recursos na Secretaria de Estado da Saúde, no valor de R$ 3,2 milhões para a continuidade dos trabalhos no combate ao mosquito. O critério para o repasse varia de acordo com a necessidade e o trabalho que cada município está desenvolvendo. Ele frisa que os 295 municípios estão recebendo este suporte do governo federal para qualificação das ações. O apoio será dividido em duas parcelas, a primeira recebida no mês de janeiro, de R$ 1,9 milhão. A outra, no segundo semestre, está vinculada à realização do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e monitoramento entomológico no valor de R$ 1,3 milhão.

Desde o dia 19 de dezembro de 2016, os exames de dengue também estão sendo realizados no Laboratório Central de Saúde Pública da Gerência Regional de Saúde de Chapecó (Lacen/Chapecó), de forma a agilizar o envio dos resultados para os 80 municípios da região Oeste e Extremo-Oeste do estado.

Panorama estadual

Nas duas primeiras semanas de 2017 já foram identificados 385 focos do mosquito Aedes aegypti em 60 municípios, dos quais 51 são considerados infestados. Em relação às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, nas duas primeiras semanas de 2017 foram notificados 182 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina, dos quais 54 foram descartados por apresentar resultado negativo e 128 casos suspeitos seguem em investigação.

Sobre a febre do chikungunya, 35 casos foram notificados, sendo um caso confirmado (faltando identificar se é autóctone), quatro descartados e 30 estão em investigação. Já sobre o zika vírus, 7 casos foram notificados, e seguem em investigação. Esses dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico n° 2, de 14 de janeiro 2017.

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