Professores e alunos de Enfermagem do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), fazem testes de HIV, vírus da imunodeficiência humana que causa a Aids, em detentos do Complexo Penitenciário de Chapecó desde novembro.

A atividade atende uma solicitação feita pela penitenciária ao Departamento de Enfermagem da Udesc Oeste, que firmou, em seguida, convênio para os testes. A ação, que terminará na segunda-feira, 7, analisará, ao todo, as salivas coletadas de 500 detentos.

Segundo a chefe do Departamento de Enfermagem, professora Elisangela Zanatta, a administração do complexo e os detentos “estão sendo bastante acessíveis ao trabalho dos alunos e professores, o que facilita a realização dos testes”. Essa é a primeira vez que a Udesc Oeste promove a ação na penitenciária.

A professora informa também que propôs a possibilidade de os acadêmicos realizarem estágios no complexo, principalmente para atuar na área gerencial e nos cuidados com os detentos. “Alguns alunos já demonstraram interesse”, destaca.

Exame rápido

De acordo com Elisangela, a Aids é o estágio mais avançado do ataque ao sistema imunológico, “o que deixa a pessoa vulnerável a diversas doenças”. O diagnóstico dessa síndrome ou da infecção pelo HIV é realizado sobretudo pela detecção de anticorpos contra o vírus.

Ela lembra que, até pouco tempo, nas ocasiões em que a infecção ainda se encontrava em estágio inicial, os anticorpos somente podiam ser detectados por meio de análise sanguínea.

No entanto, o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde passou a disponibilizar um teste rápido, que detecta os anticorpos contra o HIV por meio do fluido oral.

“Não existe vírus na saliva, apenas anticorpo. Por isso que o beijo não transmite Aids”, explica a docente da Udesc Oeste.

No teste rápido, é possível coletar a amostra e obter um resultado em até 30 minutos. Além disso, a execução, a leitura e a interpretação são faciais, e o resultado pode ser analisado a olho nu. “Ou seja, este teste pode ser executado em qualquer local”, ressalta Elisangela.

Assessoria de Comunicação da Udesc
Jornalista Valmor Pizzetti
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