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Produtores de arroz levam demandas do setor ao Ministério da Agricultura

Para tratar das dificuldades de comercialização da safra catarinense de arroz, o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, terá uma reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, nesta quarta-feira, 30, às 11h30, em Brasília. O secretário irá acompanhar uma comitiva catarinense formada por representantes dos rizicultores de Santa Catarina.

A principal demanda do setor produtivo é uma correção do preço mínimo do arroz na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), fixado pelo Conselho Monetário Nacional, para a próxima safra. Para a safra 2013/14, o preço mínimo é de R$ 25,80 por saco, sendo que o custo de produção estimado é de R$ 32,00 por saco. O secretário Airton Spies explica que os rizicultores catarinenses querem que o preço mínimo ofereça uma garantia de renda ao produtor, cobrindo os custos de produção. “Dificilmente teremos mudanças no valor referente a esta safra, mas devemos estar atentos para que no ano que vem o valor do preço mínimo esteja corrigido, garantindo o custo de produção”, ressalta.

De acordo com Spies, o preço atual de comercialização do saco de arroz é de R$ 35,00, mas, embora esteja acima do preço mínimo e do custo de produção, a comercialização está lenta e muitos produtores do sul do estado aguardam a melhoria do mercado para negociar boa parte de suas safras.

Outra preocupação do setor produtivo é que, enquanto a produtividade do setor está aumentando devido ao uso de tecnologias, o consumo de arroz está estagnado em aproximadamente 37 quilos per capita no Brasil. “O consumo não está crescendo na mesma proporção que a produção, o que gera uma pressão de oferta e pode causar dificuldades na comercialização do arroz”, afirma Airton Spies.

Para o secretário uma saída seria a adoção de mecanismos de auxílio à exportação de arroz para países que possam consumir esse estoque adicional, permitindo assim o crescimento da produção brasileira. “Nossa preocupação é que, se o Governo Federal não utilizar medidas de escoamento do arroz para o mercado externo, haja um excesso de estoque no Brasil o que iria prejudicar também a comercialização de safras futuras”.

Santa Catarina é o segundo maior produtor nacional de arroz. As informações do IBGE apontam uma produção na safra 2012/13 de 1.020 mil toneladas em uma área plantada de 148.584 hectares. Cerca de um terço da área e da produção se concentra na região de  Araranguá e praticamente todo o arroz é cultivado na forma irrigada. 

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Ana Ceron
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