Fotos: Cristiano Rigo Dalcin / ADR Lages

O Colégio Aristiliano Ramos será cercado com 165 metros de tapume nesta quinta-feira, 30, para que possa dar início ao processo de demolição do prédio, o primeiro passo para a revitalização da área central de Lages, na Serra Catarinense. A demolição será feita por uma empresa especializada e custeada pelo Governo do Estado, com um investimento de R$ 145 mil, em uma parceria com a prefeitura de Lages.

Na manhã desta quarta-feira, 29, o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional, João Alberto Duarte, esteve no local ao lado do engenheiro civil e secretário de Planejamento e Infraestrutura de Lages, Claiton Bortoluzzi de Oliveira, para acertar os últimos detalhes do processo de demolição, como a transferência de quiosques de comerciantes instalados na Praça João Costa.

“Fizemos todas as tratativas para que possamos revitalizar o centro. É uma parceria com a prefeitura e os recursos já estão garantidos pelo Governo do Estado. É uma obra importante para o município e assim teremos um centro mais agradável, bonito, com uma praça muito mais elaborada”, afirma Duarte. A demolição envolve questões técnicas como o isolamento do local, a retirada dos resíduos de construção e a manutenção do acesso do público ao comércio localizado no entorno do prédio. “Estamos tomando todas as medidas cabíveis e possíveis para causar menos transtornos aos cidadãos. Os tapumes começam a ser instalados nesta quinta-feira, 30, e a empresa especializada já estará executando o serviço na próxima semana”, assegura.

O Colégio Aristiliano Ramos foi o primeiro representante catarinense da Escola Nova, movimento que defendia a mudança radical no sistema educacional brasileiro na década de 1930. Diferente dos prédios suntuosos e elitistas, os integrantes desta corrente educacional defendiam a simplificação dos espaços para possibilitar maior alcance à rede pública de ensino. Também foi a primeira escola Normal laica de Lages.

Deteriorado, o prédio foi fechado pela Defesa Civil em dezembro de 2011. O alto custo de restauração e a localização, ao lado do calçadão, na Praça João Costa, pesaram a favor para a demolição. O processo de tombamento do Aristiliano Ramos chegou a ser iniciado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), que reconsiderou a demolição após parecer da Fundação Cultural de Lages.

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