Foto: Ricardo Trida/SECOM

CLIMATOLOGIA

Nesta sexta-feira (22), às 00h27, iniciou o verão no Hemisfério Sul. O principal combustível para as chuvas da estação é a combinação de calor e umidade, que dá origem a pancadas de chuva e temporais com raios entre as tarde e noites. No litoral, as chuvas também ocorrem devido ao aporte de umidade do oceano para a atmosfera – a circulação marítima – que quando combinada a áreas de baixa pressão provoca episódios de chuva persistente e volumosa.

O verão é a estação do ano com maior número de ocorrências chuvas intensas, enxurradas e deslizamentos, sendo os desastres que mais impactam em termos de danos e prejuízos, número de afetados e número de mortes no Estado de Santa Catarina. Já as ocorrências associadas a tempestades severas com vendavais e granizo tendem a diminuir em relação à primavera.

A precipitação média mensal varia entre 130 e 200 mm do Extremo Oeste aos planaltos e varia de 200 a 350 mm no litoral e Vale do Itajaí. Além do calor e umidade, os ciclones extratropicais, as frentes frias e os Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCMs) contribuem na precipitação neste período. Estes sistemas podem provocar tempestades, chuvas intensas e ventos fortes.

Alem disso, no verão são observadas as maiores temperaturas do ano e sensação térmica elevada já durante as manhãs. Nessa estação, ondas de calor com duração de vários dias são mais frequentes, geralmente associadas a baixos valores de umidade relativa do ar.

PREVISÃO

No verão de 2023/2024, o fenômeno El Niño seguirá ativo, mas sua influência se dará principalmente nas temperaturas, que devem ficar acima da média em todo o período.  Em termos de precipitação, o padrão médio deve ser diferente entre os meses: em janeiro as chuvas tendem a ficar dentro a abaixo do normal, já em fevereiro são esperados volumes próximos da neutralidade. Entretanto, devido à característica das chuvas de verão, pontualmente podem ser registrados altos volumes, superando a climatologia. Em março, com a transição gradativa do verão para o outono, as chuvas tendem a ficar dentro a acima da média.

RECOMENDAÇÕES

Em caso de temporais, busque local abrigado, longe de árvores, placas e de outros objetos que possam ser arremessados. Na praia, jamais fique na água.

Em alagamentos e enxurradas, evite o contato com as águas e não dirija em locais alagados. Evite transitar em pontilhões e pontes submersas. Cuidado com crianças próximas a rios e ribeirões.

Fique atento a rachadura em paredes e encontas, inclinação de postes, árvores e muros e água vertendo do solo para identificar riscos de deslizamento.

Para os dias mais quentes, a Defesa Civil recomenda manter os ambientes com temperaturas agradáveis, especialmente naqueles com pessoas idosas e enfermos, minimizar exposições diretas ao sol e exercícios físicos nos horários de pico de calor e hidratar-se regularmente.

A Defesa Civil reitera a necessidade de acompanhar diariamente os avisos e boletins de previsão do tempo devido às constantes atualizações nos modelos meteorológicos.