O Seminário sobre Armações Baleeiras, que começou nesta sexta-feira, 15 e vai até este sábado, 16, na Sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), reúne pesquisadores e interessados sobre o tema para debater a preservação da história das atividades no Estado.

Conforme o gerente de Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Diego Fermo, o intuito é sensibilizar agentes de municípios que ainda possuem registros das armações baleeiras sobre a importância histórica da atividade. “Embora a extração do óleo de baleia tenha sido extinta, não podemos esquecer seu valor histórico. Elas foram muito importantes para a criação de núcleos populacionais no Litoral catarinense entre os séculos 18 e 19, bem como no processo de formação cultural de Santa Catarina”, completa.

Um dos participantes do seminário é o pesquisador João Pacheco de Souza. Ele destaca que municípios como Penha, Garopaba e Governador Celso Ramos ainda possuem diversos traços da memória das armações baleeiras em sua formação. “Do ponto de vista histórico, na ocupação territorial do Brasil, as armações baleeiras se constituíram numa das atividades econômicas de maior relevância e que foram responsáveis pela formação de diversas vilas e cidades. As armações precisavam de muitos trabalhadores que, assim, se estabeleciam nessas comunidades. E esse legado permanece até hoje”, explica.

“Vamos cuidar de nossas baleias. Muitas delas deram sua vida para que o ser humano pudesse ter luz”, alertou o artista Fernando Bittencourt (foto acima), que fez uma dramatização durante o seminário,  lembrando que o óleo da baleia, extraído em séculos passados, era usado na iluminação de casas e cidades.

A organização do seminário é uma iniciativa da FCC, por meio da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural (DPPC). São parceiros a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e o Movimento em Defesa das Armações Baleeiras de Santa Catarina.

Neste sábado, será realizada uma visita técnica na Armação de Santana (Praia da Armação), em Florianópolis.

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