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Prefeituras da região de Videira recebem equipamentos para minimizar os efeitos da estiagem

Os agricultores catarinenses que sofreram com as recorrentes estiagens dos últimos anos receberam uma boa notícia nesta sexta-feira (28). O Governo do Estado acaba de destinar 152 distribuidores de adubo líquido para 111 municípios que decretaram situação de emergência devido às estiagens no período de 2011 e 2012. A ação faz parte do Programa Água para o Campo, contemplado pelo Pacto por Santa Catarina, que prevê investimentos de R$ 57.070.610,00 para construção de 1.864 cisternas de 500 mil litros de água e para aquisição de distribuidores de adubo líquido. Os equipamentos foram entregues pelo vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, e pelo secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, em uma cerimônia em Chapecó, que reuniu prefeitos, secretários de Desenvolvimento Regional e autoridades. Cinco, dos sete municípios de abrangência da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Videira foram contemplados: Arroio Trinta, Iomerê, Videira, Pinheiro Preto e Tangará.

Para a aquisição dos distribuidores de adubo líquido foram destinados R$ R$ 2.289.369,42, que beneficiarão 121 municípios. Os equipamentos serão utilizados para transportar água até as propriedades rurais, principalmente às produtoras de suínos, aves e leite. A estiagem é um dos maiores desafios enfrentados pelos agricultores catarinenses, sendo causadora de perdas significativas em sete safras nos últimos dez anos. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira ressaltou a importância do agronegócio para a economia do estado e a urgência das ações para minimizar os efeitos da estiagem. “Hoje completamos mais uma etapa no combate a essa questão grave que a estiagem representa para os nossos produtores. O PIB agropecuário de Santa Catarina cresceu 7%no último ano, alcançando quase o dobro da média nacional. O modelo de agricultura familiar catarinense é muito elogiado e reconhecido como referência nacional, por isso, continuaremos trabalhando incansavelmente para sanar esses problemas pontuais que tanto prejudicam a produção”.

Durante o evento, o secretário de Estado da Agricultura, Airton Spies, alertou para a importância de Santa Catarina buscar conhecimento e tecnologia a fim de se resguardar definitivamente contra a estiagem. Segundo Spies, a falta de chuvas é hoje o maior flagelo enfrentado pelos agricultores, respondendo por 80 % das perdas de produção. “Considerando que em nosso estado chove anualmente entre 1800 a 2000 milímetros cúbicos de água, um volume bastante grande, o problema maior não é a dúvida sobre se vai chover, mas sim, sobre quando essa chuva chegará. O futuro da agricultura familiar catarinense passa por um processo de irrigação, precisamos aprender isso para que não sejamos mais reféns das condições climáticas”.

De acordo com o secretário regional, Evandro Colle, os distribuidores de adubo líquido têm dupla finalidade, podendo ser utilizados também nos períodos de normalidade de chuvas. Durante a estiagem, após devidamente higienizados, os equipamentos serão acoplados a tratores agrícolas para o transporte de água até as localidades de difícil acesso, onde os caminhões pipa não conseguem chegar, contribuindo com a limpeza das propriedades e irrigação das plantações. Já no restante do ano, os distribuidores podem ser utilizados para transportar adubo líquido nas propriedades rurais.

O Programa Água para o Campo beneficiará ainda avicultores e suinocultores de 66 municípios integrados às agroindústrias com a construção de 1.864 cisternas de 500 mil litros de água para a coleta, armazenagem e utilização da água da chuva para consumo animal. A ação terá investimentos de R$ 53.871.110,00 provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cada cisterna terá o custo de R$ 28.900,00 que poderá ser pago em cinco parcelas anuais sem adição de juros. Caso o agricultor opte por pagar o valor total do financiamento no primeiro ano, receberá 50% de desconto; no segundo ano terá 40% de desconto; no terceiro ano terá 30% de desconto e no quarto ano, terá 20% de desconto. Se o agricultor quiser pagar o valor total do financiamento no quinto ano, não será beneficiado com desconto.

Informações adicionais para a imprensa:

Ana Ceron
Assessoria de Imprensa
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Rafael Cardoso
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