A recuperação da imagem de Nossa Senhora da Lapa, furtada no final de agosto da Igreja Matriz do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, reforça a linha de investigação do delegado Thiago Costa, da 2ª DP de Polícia Civil da Capital que apura a ocorrência. Nesta quarta-feira, 12 de setembro, durante coletiva de imprensa, ele indicou que os responsáveis pelo furto conheciam o local e frequentavam a igreja.

Com a devolução da imagem na manhã da última terça-feira, 11, e a perícia no bilhete deixado junto ao objeto, Costa destacou que a investigação será ampliada. “Tínhamos alguns indícios dos possíveis autores do furto e o conteúdo do bilhete, apesar de não apontar culpados, tem algumas informações que interessam na investigação”, disse. Ele mantém em sigilo a mensagem deixada para não atrapalhar o inquérito. “Quem escreveu o bilhete mostra arrependimento”, concluiu.

Segundo o delegado, a imagem será levada à Fundação Catarinense de Cultura (FCC) para análise e restauro, pois apresenta algumas rachaduras e danos na pintura que não existiam antes do furto. Somente após isso será devolvida à paróquia. A perícia foi realizada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) na terça-feira à tarde, mas o resultado não estava disponível.

Entenda o caso

A imagem de Nossa Senhora da Lapa, feita de madeira no século 18, desapareceu da Igreja Matriz do Ribeirão da Ilha entre a tarde do dia 29 e o início da noite de 30 de agosto. Além da imagem santa, também foram levados o cálice, os cibórios (cálice no qual se colocam as hóstias), bacias e o ostensório da igreja.

Não havia sinais de arrombamento externo e os ladrões saíram por uma das janelas da igreja que ficou aberta. Também levaram o computador que armazenava as imagens do circuito interno da igreja.

Assessoria de Imprensa da Polícia Civil
Paulo Jorge Marques