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Polícia Científica reúne forças de segurança em simulado de acidente com múltiplas vítimas

Dando continuidade ao processo de formação dos novos peritos oficiais convocados no início do ano, a Polícia Científica de Santa Catarina realizou, em Florianópolis, o curso de perícias em locais de desastres em massa. Para garantir um aprendizado consistente em relação a natureza desses eventos, a Academia de Perícia da PCI promoveu um exercício simulado de acidente com múltiplas vítimas, permitindo o acesso pleno dos alunos aos procedimentos e padrões internacionais adotados nesses atendimentos.

Perita-geral enaltece participação das forças de segurança. Fotos: Marco Favero/Secom.

Pela grande relevância que o tema representa à Segurança Pública de Santa Catarina, a perita-geral da Polícia Científica, Andressa Boer Fronza, explica porque a iniciativa contou com a participação do Exército Brasileiro, das Polícias Federal, Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros Militar. A gestora da Perícia Oficial conta que nesse tipo de ação coletiva é importante que todas as instituições envolvidas saibam o propósito de atuação de cada órgão para que o trabalho flua de forma mais harmônica.

Participação do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros Militar e Polícias Federal e Militar.

“Santa Catarina tem histórico significativo de desastres naturais, a exemplo do Morro do Baú e Presidente Getúlio. Da mesma forma, não podemos esquecer de situações de acidentes que envolvam múltiplas vítimas, como a queda do ônibus na Serra Dona Francisca. Por isso, é importante a realização desse tipo de treinamento tanto para a PCI quanto aos demais órgãos envolvidos. A integração é imprescindível para garantirmos a celeridade e organização necessárias”, reconhece.

Polícia Científica adota metodologia utilizada pela Polícia Internacional – Interpol.

Protocolos internacionais

Uma situação de desastre em massa pode gerar grande número de vítimas e extrapolar a capacidade normal de atendimento do órgão pericial. Por isso, o diretor da Academia de Perícia da Polícia Científica (Acape), perito criminal Luan Alves Lopes Carneiro, ressalta que eventos dessa grandeza exigem a adoção de protocolos internacionais que viabilizem ações eficientes e céleres das equipes periciais. No caso da Perícia Oficial catarinense, Carneiro revela que é utilizado o protocolo da Interpol, a polícia internacional.

Perito Luan explica que área de desastre é tratada pela Perícia como local de crime.

“Um dos pontos críticos numa situação de desastre em massa é a identificação das vítimas. Esse treinamento com base no protocolo internacional de DVI (Disaster Victim Identification), da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), visa dar agilidade e eficiência ao processo, principalmente, para que os corpos sejam rapidamente devolvidos a seus familiares. Da mesma forma, os alunos aprendem a tratar a área do desastre como local de crime, preservando os vestígios de interesse criminalístico que serão processados, analisados e que depois subsidiarão a investigação sobre a dinâmica dos fatos”, revela o diretor da Acape.

De acordo com o instrutor do curso, perito odontolegista Paulo Miamoto, ocorrências dessa natureza geralmente vêm acompanhadas de grande comoção e clamor social, o que exige uma ação rápida, pautada por metodologias internacionais e bem alinhada entre as instituições. Segundo Miamoto, a participação de outros órgãos no treinamento é estratégica, visto que o número elevado de vítimas fatais de um desastre em massa poderá exceder a capacidade de ação da Polícia Científica. Portanto, além de garantir a integração das diversas atividades desempenhadas no local, a PCI promove a ampliação do contingente capacitado.

Perito odontolegista Paulo Miamoto coordena trabalho dos alunos em campo.

“Num incidente de grandes proporções que envolve múltiplas vítimas, diversas equipes atuarão na chamada zona quente, seja no resgate dos vivos seja na segurança dos agentes que estarão em ação e, posteriormente, o trabalho da Perícia Oficial. Esse trabalho precisa estar bem coordenado e alinhado entre às forças. Numa situação de desastre em massa, quanto mais atenciosa, eficiente e pautada por metodologias internacionais for a atuação da Perícia Oficial, melhor será a resposta do estado de Santa Catarina aos familiares das vítimas e à sociedade em geral” conclui Miamoto.

Treinamento garante contingente capacitado para atuar em situações de desastres em massa.
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Escrito por:

Gabriela Farias | PCI

Assessoria de comunicação da Polícia Científica de Santa Catarina

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