O secretário de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Milton Hobus, acompanhado do secretário adjunto, Rodrigo Moratelli e do diretor de prevenção, Fabiano de Souza, participaram nesta segunda-feira, 30, de uma audiência com o governador Raimundo Colombo, para apresentar os primeiros resultados do Plano Diretor da Estiagem e o plano de trabalho para enfrentamento aos desastres naturais.

Foto: Jaqueline Noceti / Secom

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“Hoje sofremos por excesso ou pela falta de água e por isso criamos ações e obras, que estão sendo executadas em todas as regiões, para que nos próximos quatro anos possamos preparar ainda mais o nosso Estado”, disse Colombo.

O Plano Diretor da Estiagem feito pela Defesa Civil de Santa Catarina contempla 118 municípios do Grande Oeste Catarinense. De acordo com os primeiros levantamentos, o que contribui para o cenário de estiagem prolongada nesses municípios é o uso inadequado dos recursos naturais. O comparativo foi feito com de informações da década de 1970.

Hobus explicou que é preciso organizar o Estado para o uso correto da água. “Para que no futuro possamos conviver com períodos longos de estiagem, ainda mais que Santa Catarina tem recursos hídricos muito grandes, tanto de superfície como de água subterrânea, devemos fazer a correta gestão da água”.

Os trabalhos de diagnóstico do que contribui para a estiagem no Oeste de SC tiveram início em novembro e foram finalizados em fevereiro. O próximo passo é para realizar aprofundamento na análise documental e trabalho de campo. O prazo para a conclusão é de nove meses e o início das atividades devem começar em abril deste ano.

Já o terceiro e último estágio do trabalho para elaboração do Plano Diretor da Estiagem consiste em propor um modelo sistêmico, complexo, de gestão dos recursos hídricos da região. As ações para confecção desse material deve ter início em julho de 2015.

“Para se ter uma ideia da importância de ter um documento como o Plano Diretor da Estiagem, é só dimensionar o cenário, entre 1991 e 2012. Foram registradas 1.518 ocorrências de estiagem e ou seca no Estado. A grande maioria, no Oeste com 1.170 casos. Os municípios que tiveram maior volume de acontecimentos foram Coronel Freitas, 18 fatos, Itapiranga e Jaborá com 17 cada um”, explicou Moratelli. 

Todo trabalho é desenvolvido por uma equipe interdisciplinar da Udesc e Fapesc. A primeira fase embasada em levantamentos teóricos/documentais foi coordenada pelos professores Mário Jorge Coelho de Freitas e Francisco Henrique de Oliveira. São eles que irão dar continuidade e orientar os profissionais que vão a campo nesta segunda etapa dos trabalhos, que envolve os moradores das regiões envolvidas no Plano Diretor de Estiagem.

Na oportunidade, o governador foi convidado para o lançamento da primeira fase do Plano no mês de abril, em Chapecó, que depois seguirá com oficinas de trabalho pelos municípios da região. “A data ainda não está definida, mas escolhemos a região do Meio-Oeste ao Extremo-Oeste, para apresentação do Plano, por possuir um agronegócio muito forte e com grande consumo de água”, explicou o secretário Milton Hobus.

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