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Pesquisa apoiada pela Fapesc visa aumentar a rentabilidade do cultivo do maracujá

O cultivo do maracujá em Santa Catarina deve ganhar, em breve, recomendações técnicas para aumentar a produtividade e a rentabilidade do negócio, sem a necessidade do aumento de área cultivada.

Uma pesquisa está sendo desenvolvida pelo Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar da Epagri, em Chapecó, com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), e vai repassar importantes informações para o plantio e manejo do maracujá, com o objetivo de minimizar pragas e aumentar a rentabilidade das áreas, além de apontar as melhores plantas de cobertura para os pomares.

‌Proposto pelo pesquisador da Epagri em Chapecó e doutor em Agronomia, Rafael Roveri Sabião, o projeto “Cobertura de solo e densidade de plantio de maracujazeiro em cultivo anual” foi contemplado pelo Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Epagri.

‌O maracujazeiro “SCS437 Catarina” é fruto do melhoramento genético da Estação Experimental da Epagri em Urussanga, Sul de Santa Catarina, selecionado por ser o mais aclimatado às condições daquela região.

‌Por não existir nenhum produto que elimine o vírus e pela dificuldade em conter sua proliferação a partir dos pulgões, a pesquisa avalia a adoção de manejos diferentes nos pomares.

Uma ação é a produção de mudas em ambiente telado por um período maior, para que elas estejam mais fortes e desenvolvidas quando forem plantadas. Antes de ir para o campo, a planta fica de cinco a seis meses protegida em estufa.

‌“Ela é plantada no campo em setembro, ficando na propriedade até julho do ano seguinte e depois é retirada. Esse vazio sanitário, que passou a ser orientado pela Epagri e fiscalizado pela Cidasc é favorável a todo setor produtivo.

‌Além disso, o projeto estuda o adensamento entre as plantas, para verificar qual o espaço entre elas mais adequado para que, em uma mesma área, o produtor possa ter uma produtividade maior.

Devido às questões climáticas, a pesquisa deve ser repetida por mais um ano, e os resultados também serão publicados em forma de artigo científico na Revista Agropecuária Catarinense, da Epagri.

‌Santa Catarina produz mais de 45 mil toneladas de maracujá, cultivados em uma área de 1.800 hectares.

‌O maracujá é uma das poucas frutas mais populares – senão a única – que mantém o sabor tanto cozida quando congelada.

‌O suco comercial de maracujá é o segundo mais consumido no país, perdendo apenas para o de laranja. E o maracujá não está nem entre as 10 frutas mais produzidas em território nacional.

Repórter: Kenia Casagrande