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Personalidades culturais recebem a Comenda Cruz e Sousa 2017


Foto: Márcio Henrique Martins / FCC

Literatura, música, teatro, dança, patrimônio, antropologia e gestão cultural foram as áreas representadas na entrega da Comenda do Mérito Cultural Cruz e Sousa de 2017, realizada na sexta-feira, 24, no cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A comenda é conferida pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) e Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL).

A honraria é um reconhecimento à personalidades do meio cultural em SC. Os homenageados de 2017 foram (da esquerda para a direita): Ilka Boaventura (antropologia), Roselaine Vinhas (gestão), Anna Lindner (patrimônio), Bia Mattar (dança), Alzemi Machado (patrimônio), Edla Van Steen (letras), Zenirma Martins (patrimônio) e Yonara e Reveraldo, do Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado.

O presidente do Conselho, Marcondes Marchetti, destacou o processo de escolha dos agraciados, que contou com a participação da sociedade no levantamento inicial de nomes a serem homenageados. O método foi adotado pela primeira vez em 2016, sob a coordenação da então presidente do órgão, Roselaine Vinhas, uma das condecoradas neste ano exatamente na área de gestão cultural. Roselaine ocupa agora a função de secretária de Cultura de Chapecó. “Único município do estado a contar com uma pasta exclusiva para a cultura”, enfatizou Marchetti.

A cerimônia contou com a participação da Orquestra de Choro do Campeche, coordenada pelo bandolinista Geraldo Vargas, da cantora Maria Helena e do artista JB Costa, que deu vida ao poeta Cruz e Sousa e interpretou alguns de seus poemas.

Além dos membros do colegiado, estavam presentes o presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Rodolfo Pinto da Luz, a presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Roseli Pereira, o diretor de Políticas Integradas do Lazer da SOL, Amarildo Kanitz, familiares e amigos dos homenageados.

Agraciados de 2017

Alzemi Machado – Graduado em Biblioteconomia e mestre em Educação e Cultura pela Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC), com formação técnica em encadernação e conservação de acervos pela FUCAT. Atualmente é coordenador técnico da Hemeroteca Digital da Biblioteca Pública de Santa Catarina. Foi militante estudantil e sindical nos anos 1980/90, além de atuar como conselheiro nos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Assistência Social e de Política Cultural de Florianópolis. Fundador e coordenador do Fórum Setorial de Bibliotecas, foi secretário executivo da Comissão de Análise e Incentivo Cultural, parecerista de Cultura Popular na Fundação Franklin Cascaes e membro da Comissão de Organização e Acompanhamento do Prêmio Elisabete Anderle de Cultura/2014. É autor de livros e catálogos técnicos.

Anna Lindner Von Pichler – Nasceu em 1938, em Joaçaba, filha de imigrantes austríacos. Participa, desde 1961, do Lions Clube Joaçaba Centro e, em 1970, viabilizou a fundação da APAE nesse município. Em 1994 foi cofundadora da Associação de Turismo de Treze Tílias. Em 1999 fez parte da fundação da Associação Consular do Estado de Santa Catarina em Florianópolis. Desde 1990 participa da diretoria da Sociedade de Cultura Artística de Joaçaba e Herval d’Oeste (SCAJHO). Em 2002 teve importante atuação na reconstrução do Teatro Alfredo Sigwalt de Joaçaba, assumindo a presidência entre 2004 e 2006. Em 2005 integrou o Conselho Estadual de Cultura. Durante 28 anos, de 1988 a 2016, dedicou-se incansavelmente às funções consulares, atendendo, como Consulesa Honorária da Áustria, todos os imigrantes e seus descendentes do Estado de Santa Catarina, na cidade de Treze Tílias.

Ana Beatriz Magalhães Mattar (Bia Mattar) – Bailarina, professora e coreógrafa, iniciou seus estudos de dança em São Paulo. Há 38 anos exerce a profissão, dos quais 28 em Santa Catarina. Destaca-se pelo seu trabalho pioneiro em sapateado com a criação da primeira escola especializada no gênero no estado. Jurada e professora convidada em diversos festivais de dança por todo o Brasil, como o Festival de Dança de Joinville e Passo de Arte. Em Florianópolis é curadora artística do Prêmio Desterro desde sua primeira edição. Proprietária do escritório de projetos da economia criativa -EPEC, é produtora cultural, consultora em elaboração e gestão de projetos em empreendimentos criativos. Em 2017, assumiu a diretoria de Interação Cultural da Fundação Cultural de Balneário Camboriú. É membro atuante da Aprodança (Associação Profissional De Dança de SC) da qual já foi presidente. Em política cultural foi integrante de conselhos municipais e estadual, atualmente é membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais vinculado ao Ministério da Cultura.

Cirquinho do Revirado – Criado por Yonara e Reveraldo, o Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado na cidade de Criciúma/SC comemora 20 anos em 2017. São duas décadas marcadas por ações de constante resistência artística e perseverança para viverem exclusivamente do Teatro, vivenciando-o como profissão. Decidiram comprar uma pequena lona de circo para apresentar teatro de fantoches e mergulharam na pesquisa e estudos sobre diferentes técnicas presentes na linguagem teatral. A partir do ano 2000, o grupo iniciou a produção de espetáculos onde o circo já não era a atração principal, mas sim, a rua! Nestes vinte anos o grupo já foi contemplado cinco vezes pelo Prêmio Nacional de Teatro Myriam Muniz, bem como foram reconhecidos em diferentes festivais, mostras e editais pelo Brasil a fora. Atualmente é composto por: Yonara, Reveraldo, Luan e Marcella.

Edla Van Steen – Nasceu em Florianópolis, em 12 de julho de 1936. É autora de trinta livros publicados, entre contos, romances, entrevistas, peças de teatro, livros de arte. Prêmios Molière e Mambembe “Melhor Autor”, pela peça “O Último Encontro”; Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e Prêmio Nacional do Pen Club, com o romance Madrugada; Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, categoria autor consagrado, com a obra Cheiro de Amor – contos; publicou nos Estados Unidos os livros: A bag of stories, Village of the ghost bells, Early mourning e Scent of love, todos traduzidos por David S. George. Desde 1980, dirige várias coleções literárias na Global Editora.

Ilka Boaventura Leite – Professora do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1986. Fundadora e coordenadora do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas. É filiada à Associação Brasileira de Antropologia e pesquisadora do CNPq desde 1986. Tem formação em História (UFMG, 1980) e Antropologia (USP, 1986). Concluiu estágios de pós-doutorado na Universidade de Chicago (1997), na Universidade Nova de Lisboa (2007) e na Universidade de Buenos Aires (2014/15). Tem se dedicado aos estudos afro-brasileiros através de pesquisas sobre territorialidades negras, quilombos e direitos territoriais. Autora de diversas publicações entre livros e artigos científicos. Suas pesquisas situam-se nas áreas de teoria da literatura de viagem, etnologia afro-brasileira, arte e etnicidade, diásporas africanas e direitos territoriais. Tem publicado artigos sobre narrativas de viagens, cultura e identidade negra no Brasil, quilombos e comunidades quilombolas, direitos étnicos, perícias antropológicas, pensamento afro-social e arte afro-contemporânea.

Roselaine Barboza Vinhas – Especialista em Ensino da Arte, Fundamentos Estéticos e Metodológicos pela Fundação Universidade Regional de Blumenau, licenciada em Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas pela UNOESC – Campus Chapecó, cursou Bacharelado em Música – Habilitação em Canto pela UFPEL – Universidade Federal de Pelotas. É secretária de Cultura de Chapecó, coordenadora do Colegiado de Cultura da AMOSC e conselheira do CONGESC. Constituiu a comissão de criação do Conselho Estadual de Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina (CONGESC – órgão colegiado FECAM), do qual foi diretora executiva e presidente. Foi conselheira e presidiu o Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina. Tem experiência na área de arte e cultura, com ênfase em gestão cultural, arte educação, regência para canto coral e preparação vocal.

Zenirma Martinha Martins – Conhecida como Nida, é rendeira na Casa da Cultura Açoriana de Palhoça – Casarão de Enseada de Brito. Aprendeu a fazer renda com sua mãe há mais de 50 anos. Convidada pela Casa da Cultura Açoriana de Palhoça, há três anos ensina jovens e adultos na arte de produzir rendas de bilro do tipo tramoia. Segundo alguns estudiosos este tipo de renda é o original trazido do Arquipélago dos Açores para o Estado de Santa Catarina, um saber e fazer com risco de desaparecimento em nosso estado. Nida, hoje com 74 anos, encanta a todos que passam na Casa da Cultura, com sua maneira de ensinar e explicar como é feita a renda de bilro tramoia. Tem orgulho em dizer que sua mãe aprendeu com sua avó e ela com sua mãe, tradição passada de geração a geração.

Informações adicionais para a imprensa

Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte – SOL
Fone: (48) 3665-7436
E-mail: imprensa@sol.sc.gov.br
Site: www.sol.sc.gov.br