Com o objetivo de apresentar os desafios e os pontos positivos encontrados nos três primeiros meses de trabalho, nesta quinta-feira, 6, foi realizada a 1ª reunião do comitê executivo do projeto Gestão Municipal para a Nova Economia. “Os prefeitos que aderiram a este programa tiveram muita coragem, porque ele aponta falhas e falsas prioridades. Porém, com o objetivo de corrigi-las tecnicamente”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen.

O projeto da SDS, coordenador pelo Centro de Liderança Pública (CLP), visa estimular o desenvolvimento socioeconômico por meio do aumento da capacidade de investimento e gestão das cidades de Araquari, Garuva, Gravatal, Itajaí, Jaraguá do Sul, Santo Amaro da Imperatriz e São Francisco do Sul.

Para o diretor-presidente do CLP, Luiz Felipe d’Avila, é fundamental fazer um diagnóstico para, então, iniciar um plano de ação. “Agora vamos começar a fase de implementação. É preciso transformar este projeto em uma agenda da sociedade”, declarou.

Nesta primeira etapa foram mapeadas as oportunidades de redução de despesas correntes e iniciou-se um Sistema de Gestão de Resultados, ferramenta que será disponibilizada sem custo para os municípios. Segundo o consultor da Calandra Soluções, Gustavo Morsch, este sistema de governança, feito de forma objetiva e sistemática, será utilizado não apenas para indicadores econômicos, bem como, em todas as áreas da gestão, como Saúde, Educação e Segurança. “Não é um desafio fácil. Trabalhar com estas sete prefeituras juntas servirá de modelo para o Brasil”, ressaltou.

O resultado esperado para estes municípios é aumentar a capacidade de investimento a partir de economia de despesas e incremento de receitas em R$ 34 milhões, no período de um ano. As próximas ações incluem análise de preços e consumo, definição de metas preliminares por gestor, negociação das metas e elaboração do plano de ação estratégico econômico.

Cada prefeito terá, ainda, dez sessões de coaching e outras dez de mentoring, iniciadas esta semana. O próximo encontro será em março, com o workshop “Negociação e Gestão de Conflitos”.

O encontro contou, ainda, com a participação do economista e sociólogo espanhol, Josep Maria Pascual Esteve, que apresentou as diferenças no planejamento estratégico de Sevilha e Barcelona. “Um plano estratégico não deve ser de gabinete, não é consultoria. Ele deve ser compartilhado, é feito para a sociedade”, analisou. De acordo com ele, a capacidade de organização e ação é a chave para o desenvolvimento.

Professor convidado em diversas universidades latino-americanas, Esteve já participou de aconselhamento, desenvolvimento e avaliação de estratégias urbanas em mais de cem grandes cidades e áreas metropolitanas da Europa e América Latina. 

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