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Parceria entre secretarias da Saúde e da Administração Prisional reaproveita móveis hospitalares

Uma iniciativa inovadora está em curso na oficina de marcenaria da Colônia Penal Agrícola de Palhoça. No local, tábuas de armários antigos e inutilizados dos hospitais públicos estão sendo reaproveitadas e transformadas em móveis novos para os leitos hospitalares. A Maternidade Carmela Dutra (MCD), de Florianópolis, foi a primeira unidade beneficiada, recebendo 12 mesas de cabeceira hospitalar. Ao total, serão destinados à maternidade 40 móveis fabricados com materiais totalmente reaproveitados.

Iniciada em novembro de 2023, a parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) tem como objetivo renovar o mobiliário dos hospitais públicos da administração direta da SES, por meio do reaproveitamento de móveis sem utilidade, bem como a ressocialização dos detentos. Na continuação do projeto, está programada a fabricação de mobiliário destinado ao Hospital Regional de São José (HRSJ).

“A parceria entre a SES e a marcenaria da Colônia Penal Agrícola é uma demonstração inspiradora do potencial transformador de projetos colaborativos. Estamos transformando móveis sem uso em recursos valiosos para os hospitais públicos, enquanto oferecemos oportunidades de trabalho e reabilitação aos apenados”, destaca a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

Para a secretária adjunta da SAP, Joana Mahfuz Vicini, a colaboração entre as pastas é mais um exemplo de como a atividade laboral no sistema prisional pode dar resultados diretos para a sociedade catarinense. “Quanto mais internos estiverem trabalhando, melhor será para a sociedade como um todo”.

Mesas de cabeceira novas construídas com tábuas reaproveitadas de móveis danificados

Conforme Ademilson Hames, gerente de Patrimônio da SES, a pasta da Saúde contribui com os materiais e a logística, enquanto a Colônia Penal fornece a mão de obra. “São utilizados móveis sem uso, destinados à baixa, para a produção dos novos. Embora ainda seja um projeto piloto, pessoalmente, é a concretização de um sonho ver mobílias, antes inservíveis, retornando a funcionalidade”, declara.

“É um projeto admirável, tanto pela oportunidade que oferece aos reeducandos de se envolverem em atividades construtivas quanto pelo seu compromisso com o reaproveitamento de materiais. Aliás, estamos buscando mais placas de MDF para enviar à marcenaria, pois os móveis que tínhamos acabaram; se alguém estiver disposto a fazer doações, seria uma contribuição excelente”, instiga Gilberto Seemann, diretor da Maternidade Carmela Dutra. Quem se prontificar a doar pode entrar em contato com a Gerência Administrativa da unidade por meio do telefone (48) 9960-7290.

Móveis encaminhados para a Gerência de Patrimônio da SES e que foram reaproveitados para a fabricação de mesas de cabeceira para a Maternidade Carmela Dutra

Reaproveitamento e Capacitação

Fundada em 2010, a marcenaria da Colônia Penal Agrícola tem como propósito aproveitar os materiais descartados por entidades parceiras da unidade prisional, por meio de acordos de cooperação para atividades laborais, bem como capacitar os detentos. O espaço conta com 18 reeducandos trabalhando de forma voluntária.

“A marcenaria opera com base em parcerias e doações de insumos, como cola, parafuso e móveis que podemos reparar, sem custos adicionais ao Estado. As prefeituras, escolas, hospitais e outras entidades públicas colaboram fornecendo os materiais necessários para a produção dos itens e a marcenaria entra com a mão de obra e a capacitação dos internos”, explica Raphael Teodoro Hubert, idealizador e coordenador dos trabalhos.

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Escrito por:

ASCOM | SES

Assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde

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